A empresa pública Enapor, responsável pela gestão dos portos do país, gerou 442 mil contos de lucros em 2019, mas vai aplicar 75% desse resultado em reservas para investimento e distribuir apenas 20% em dividendos ao Estado. De acordo com o relatório e contas de 2019, o resultado líquido da empresa portuária, atividade que o Governo anunciou anteriormente que pretende concessionária a privados, caiu 1,6%, face a 2018.
Este resultado é explicado no documento com a quebra de 0,3% no volume global de negócios da empresa, devido à revisão em baixa de algumas tarifas, já que o negócio portuário até aumentou em 2019.
O resultado líquido da Enapor, empresa totalmente pública, cifrou-se assim em 442,9 milhões de escudos (quatro milhões de euros), com o conselho de administração a decidir aplicar 5% do lucro nas reservas legais obrigatórias, distribuindo 20% ao acionista Estado, equivalente a 88,6 milhões de escudos (800 mil euros).
Os restantes 332,2 milhões de escudos (três milhões de euros), equivalente a 75% do total dos lucros de 2019, serão aplicados numa reserva de investimentos.
“Ciente da necessidade do reforço do parque de equipamentos portuários e da comparticipação no financiamento das obras de expansão do Porto Inglês”, justifica a administração no relatório e contas.
No documento, a administração da Enapor refere que as obras em curso de expansão e modernização do Porto Inglês, na ilha do Maio, estão avaliadas em 1.910 milhões de escudos (17,2 milhões de euros).
Globalmente, os nove portos cabo-verdianos geridos pela Enapor registaram em 2019 um recorde de passageiros em navios cruzeiros, de 49.860 em 147 navios.
O movimento das ligações marítimas interilhas cresceu 9,1%, para mais de 1.071.263 passageiros em 2019, enquanto que o movimento global de mercadorias aumentou 2,7%, para 2.667.254 toneladas.
Com Lusa
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