A Assembleia-geral da TACV, realizada esta segunda-feira, 22, não aprovou mudanças anunciadas pelo ministro dos Transportes, José Luis Sá Nogueira, na “governança” da administração da companhia estatal. Isto porque o próprio governo, na reunião de accionistas, onde detém 90% do capital, não conseguiu apresentar qualquer nome para substituir Pedro Barros, PCA, e o administrador Hélder Cruz, os eleitos para deixarem a gestão executiva da empresa, ficando apenas Nádia Teixeira no cargo. Nova reunião foi marcada para 22 de Outubro.
Um dos pontos mais importantes da reunião de accionistas de TACV, ocorrida esta manhã, 22, na cidade da Praia foi adiado para o próximo dia 22 de Outubro. É que o governo, accionista maioritário da companhia aérea nacional, não conseguiu apresentar, para apreciação e aprovação, da assembleia-geral qualquer nome para a anunciada “mudança na governança” da administração da empresa, conforme declarações em horário nobre da TCV do ministro dos Transportes, José Luis Sá Nogueira.
A sessão de hoje da AG da TACV analisou outros pontos da agenda (todos aprovados pelos sócios), mas adiou a destituição do actual Conselho de administração para o próximo mês, 22 de Outubro. Assim, Pedro Barros, o presidente do Conselho de Administração e Helder Cruz, administrador, que Santiago Magazine sabe serem os gestores indicados por Sá Nogueira para cair – Nádia Teixeira é a única administradora executivo que deverá permanecer em funções –, vão manter-se no cargo, até lá.
Recorde-se que o ministro dos Transportes anunciara a alteração no corpo gestor da TACV, sendo prontamente desmentido por um comunicado do próprio Governo a alertar que tal mudança só poderia acontecer por decisão da Assembleia-geral. No mesmo dia, outra nota do gabinete de Sá Nogueira reiterava a queda da administração da TACV, o qual foi depois confirmado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, às antenas da RCV. Mesmo negociando directamente a vinda de dois ATRs, o actual CA não mereceu a confiança do ministro dos Transportes – foi PCA da TCV nos finais dos anos 90 –, que apareceria depois na imprensa a anunciar mais duas aeronaves da mesma marca e categoria.
Entre idas e vindas e desarticulações visíveis a nível o do Executivo, o assunto da troca de gestores foi levado esta manhã à AG da TACV que decidiu pelo adiamento da discussão do item “Alteração do Conselho de Administração”, porque o próprio Governo não conseguiu apresentar nenhum nome para ocupar o lugar de Pedro Barros e Helder Cruz, ficando tudo como está.
José Luis Sá Nogueira terá antecipado os procedimentos, já que antes de consertar com o Governo, anunciou uma queda antecipada da administração da TACV que não se efectivou. Por regra, o ministro da tutela, no caso dos Transportes, submete ao crivo do Ministério das finanças, com quem partilha o comando político da companhia aérea de bandeira nacional, que depois levará o dossier ao conselho de Ministros para aprovação e envio da proposta de alteração de gestores à Assembleia geral da empresa. Nada disso aconteceu, dando a ideia de que Sá Nogueira colocou a caroça à frente dos bois, não se precavendo dos procedimentos legais. Tem menos de um mês para encontrar novos nomes para liderar a gestão da TACV.
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