A eurodeputada de origem cabo-verdiana, Mónica Semedo, eleita pelo partido liberal (DP) do Luxemburgo, foi suspensa das suas funções no Parlamento Europeu por um período de 15 dias por actos de assédio moral contra os seus assistentes parlamentares.
A suspensão, segundo o jornal luxemburguês Contacto, foi anunciada pelo presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, na abertura da sessão de segunda-feira, 18, em Bruxelas.
A eurodeputada tinha sido alvo de queixas da parte da sua equipa, uma vez que exigia que estes estivessem constantemente disponíveis, informou o jornal.
Durante as duas semanas, a deputada Mónica Semedo não terá direito a ajudas de custo diárias e não será permitido participar em actividades do Parlamento Europeu.
Em comunicado, a filha de imigrantes cabo-verdianos no Luxemburgo pediu desculpa e lamentou o que aconteceu.
“Desde o início do meu mandato, e mesmo antes disso, sou muito exigente comigo e com a minha equipa, o que infelizmente criou tensões intransponíveis, das quais lamento”, afirmou.
Filha de cabo-verdianos de Santa Catarina de Santiago, Mónica Semedo nasceu no Luxemburgo em 1984. Antes de ser eurodeputada foi apresentadora de televisão e responsável de comunicação do Luxembourg for Finance.
Mónica Semedo é licenciada em Ciências Políticas pela Universidade de Trier, na Alemanha, onde defendeu uma tese sobre as negociações do segredo bancário no Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin).
Em 2015, foi nomeada embaixadora da organização não-governamental Aldeias de Crianças SOS.
Com Inforpress
Comentários
roxana mafalda, 5 de Fev de 2021
exigente consigo msm ou "assédio moral contra os seus assistentes parlamentares" ?Lamentável ...
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