Pedro Miguel Carvalho Deus Correia é cabo-verdiano, mas internacional pelo Qatar. Nasceu há 28 anos em Portugal, onde jogou pelas camadas jovens do Benfica, Estrela da Amadora, Estoril e Farense, antes de se aventurar pelo Médio Oriente, onde este ano se sagrou campeão ao lado de Xavi.
No país do Médio Oriente, todos o conhecem por Ró-Ró, ou Pedro Ró-Ró. No Qatar, começou por jogar no Al Ahli, onde esteve seis anos, embora só tenha jogado três temporadas. E deu nas vistas, a ponto de atrair a atenção do poderoso Al-Sadd, onde joga há quatro anos e se sagrou campeão este ano, ao lado do espanhol Xavi, e treinado por Jesualdo Ferreira.
Pelo meio, o defesa central de 28 anos naturalizou-se qatari (apesar de ter nascido em Portugal, tem dupla nacionalidade, cabo-verdiana e qatari) e foi chamado à selecção do Qatar, actual campeão da Ásia e organizador da próxima Copa do Mundo. Ró-Ró tem já 39 internacionalizações pela selecção qatari, onde, aos 28 anos, e no alto dos seus 1,88m, tem brilhado.
E eis que chegamos a esta quase impossibilidade: um jogador nascido e criado em Portugal, mas com nacionalidade cabo-verdiana, a jogar pelo Qatar na Copa América. Estranho, mas verídico.
O que isso tem a ver com a Copa América 2019 que hoje arranca no Brasil? Bem, é com o objetivo de começar desde já a preparar o Mundial’2022 que o Qatar participa como convidado na Copa América, isto depois de no início deste ano se ter sagrado campeão da Ásia, para surpresa mundial.
Pedro Ró-Ró estava nessa equipa e por isso é campeão da Ásia. E estará agora no Brasil, onde se estreia domingo, 16, frente ao Paraguai, nada menos do que em pleno Estádio do Maracanã (jogo marcado para as 18 horas de Cabo Verde).
Hoje, o jogo inaugual entre Brasil e Bolívia será disputado às 23h30 (hora de CV). Amanhã, sabado, Venezuela e Peru (do grupo do Brasil, A) defrontam-se pelas 18h00 e à noite, às 21h00, um escaldante Argentina vs. Colômbia (grupo B, tal como Qatar e Paraguay).
O terceiro grupo (C) integra Uruguai, Equador, Chile e Japão, outro país convidado para esta edição da Copa América, um tradição que já vem desde 1993 - o Japão, finalista vencido da Copa da Ásia, disputa como convidado a Copa América pela segunda vez, depois da sua primeira participação em 1999 (a primeira de um país fora do continente americano).
Santiago Magazine e Expresso.pt
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