O ponta pé de saída pode ser dado em Junho, concretamente no dia 29, com um primeiro concerto em homenagem a um ou vários monstros da guitarra instrumental cabo-verdiana, a ter lugar na Assembleia Nacional, Praia.
É um projecto da Capital Eventos e pretende marcar o panorama musical cabo-verdiano, organizado e realizando, neste ponto de partida, um conjunto de concertos nas três principais cidades do país ou seja na Praia, Mindelo e Espargos, “em que o prato principal será a Morna no Instrumental dos mestres”.
Depois da partida, a meta é atingir o país inteiro, pois Guitarrada do Atlântico, “apresenta-se como um novo produto cultural de alto valor acrescentado, associando-se aos demais certames de índole cultural, existente neste momento e de certo modo vem reforçar o papel dos principais centros urbanos do país no roteiro musical nacional, situado, no meio de Atlântico médio”, lê-se num resumo do projecto chegado à redacção de Santiago Magazine.
E o percurso já está traçado. Segundo o referido resumo, para este ano está “na forja a realização de três eventos de grande envergadura a saber (i) um concerto em formato instrumental em homenagem à morna, nos dedilhados dos mestres, no quadro do apoio da morna à Candidatura a Património Imaterial da Humanidade (ii) Um Master Classe com um mestre da guitarra Brasileira dirigida aos interessados e amantes desse instrumento (iii) Um Festival da Guitarra do Atlântico - Guitarrada do Atlântico, com guitarrista nacional e internacional”.
A Capital Eventos, mentora e proprietária do projecto, entende que ao realizar estes certames estará “a contribuir para a recentragem de Cabo Verde como país capital da música e como destino turístico cultural de excelência”.
A morna, aqui entendida como um dos referenciais da identidade do povo cabo-verdiano, deve ser reverenciada em todas as ribeiras, cutelos e cidades deste país.
“Mornas eternizadas na memoria coletiva deste povo deixados como legado as gerações atuais e futuras e ficando como marcos referenciais de toda alma crioula exprimida pelos dedilhados de Luis Rendall, B.Leza, Tazinho, para citar os mais antigos, passando pelo Armando Tito, Humbertona, Armindo Pires, aos mais contemporâneos como Paulino Vieira, Manuel de Candinho, Bau, Voginha, Kim Alves, Kaku Alves, Hernâni Almeida, Paulino Vieira, chegando aos anónimos amantes e executante da nossa rainha, a morna, espalhas pelas ribeiras e cutelos dessas ilhas”, regista o documento acima citado.
A Capital Eventos é dirigida por Lissa Monteiro, como directora geral, e Manuel di Candinho, como director artístico.
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