A cantora sanvicentina Dulce Matias faleceu na noite desta sexta-feira, 17, na sequência de uma queda num dos restaurantes de Mindelo, onde se encontrava num convívio familiar e onde ia decorrer um concerto musical.
Segundo informações de testemunhas oculares no local, a artista terá se escorregado numa pequena escada e batido a cabeça, no chão, o que terá provocado a sua morte.
Dulce Matias, nascida e criada em Cabo Verde, optou pela emigração em 1984. A música entra na sua vida ainda muito cedo. Nas recordações da sua pequena infância, a mãe é “uma mulher simples” e cantadeira e do avô, o violinista Nhó Xima, herdou o ritmo.
Dulce Matias era dona de uma voz rouca e tinha como um dos seus ritmos de eleição a morna e a coladeira.
A cantora tem dois discos no seu currículo: “Reservóde” (1999, que depois de reeditado em 2001, pela Idéalsongs Music passaria a chamar-se “Razâo d’existi”) e “Mel D´Cana”, álbum lançado em 2004 e que lhe valeu a nomeação para o Kora Awards 2004, na categoria de Melhor Cantora da África Ocidental.
Dulce Matias faleceu a 17 de Dezembro, data que já se mostra madrasta para a classe artistica feminina cabo-verdiana, já que agora em 2021 assinala-se os dez anos da morte de Cesária Évora, um ano sobre a morte de Celina Pereira e agora a Dulce Matias.
INTRODUZIU-SE UMA CORRECÇÃO NO LEAD DESTA NOTÍCIA. “após uma queda durante um show num dos restaurantes do Mindelo”, foi substituído por “na sequência de uma queda num dos restaurantes de Mindelo, onde se encontrava num convívio familiar e onde ia decorrer um concerto”.
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