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Santa Catarina, kenha ki dau es castigo?
Colunista

Santa Catarina, kenha ki dau es castigo?

A debilitada ação da Câmara Municipal e da sua liderança, perante os problemas de Santa Catarina e os enormes desafios do nosso desenvolvimento, é muito preocupante. O que fazem é muito pouco e não se sabe o que andam a pensar. Todos os dias é, praticamente, igual.

Uma Câmara Municipal é um poder local, eleito por munícipes, para liderar o processo do desenvolvimento, visando o bem-estar desses mesmos munícipes. A sua tarefa é de uma enorme responsabilidade e esta resulta de um “contrato” estabelecido entre os munícipes e um grupo de pessoas, por intermédio do voto.  Nos momentos de conquistar a simpatia dos munícipes, enquanto eleitores, não se mede as promessas a serem feitas e nem se vê dificuldades nas suas realizações. Assume-se que tudo será feito para o progresso, ou melhor, a FELICIDADE das pessoas. O problema é o depois! O tempo passa e a situação geral de Santa Catarina é de retrocesso contínuo.

Há 14 anos que andamos nesse estado de coisas. Equipa sucede equipa, para, depois, tudo ficar na mesma. Tem faltado visão e capacidade de liderança do desenvolvimento e o município vai se regredindo no tempo, razão para se perguntar: Santa Catarina kenha ki dau es castigo?

Noutros tempos, houve uma série de desculpas atribuídas à oposição na Assembleia Municipal e ao Governo da República, por não terem ajudado. E agora?

A debilitada ação da Câmara Municipal e da sua liderança, perante os problemas de Santa Catarina e os enormes desafios do nosso desenvolvimento, é muito preocupante. O que fazem é muito pouco e não se sabe o que andam a pensar. Todos os dias é, praticamente, igual.

Comemora-se mais um 13 de maio, dia do Santo da Paróquia e do aniversário da Cidade, uma dupla festa! Já foi uma festa rija, assim como a de Santa Catarina, 25 de novembro, sempre, lideradas pela Câmara Municipal, com forte engajamento dos munícipes e com ganhos económicos e promocionais para o nosso grande concelho.

Hoje, a situação dessas festas é bem diferente, assim como todo o município. De ano em ano, a população vai se reduzindo, pela ausência de políticas que garantem respostas às necessidades e falta de perspetivas, quanto ao futuro. De 2010 a esta parte, Santa Catarina passou de 43.297 habitantes para 37.982. A continuar assim, este que já foi o município mais populoso do país, é motivo para muita preocupação. Todavia, e ao que parece, a Câmara Municipal nem está por aí, face a esses dados que, inequivocamente, refletem o estado da degradação das condições de vidas neste concelho. É uma pena que Santa Catarina, pelas suas potencialidades naturais e humanas, continue na situação em que se encontra.

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