Nas Ciências Sociais existe uma teoria explicativa do funcionamento social que é o funcionalismo que diz que a sociedade funciona como um sistema vivo e que quando um órgão deixa de funcionar ou funciona deficientemente, outro passa a desempenhar a sua função, pois é: a classe dos professores resolveu assumir o comando da oposição política a esse (des)Governo de Ulisses e está se saindo muito melhor do que a Oposição! Realmente, neste momento, os professores é que estão representando todo o descontentamento do povo e o povo está com os professores nessa luta até ao fim! O Povo apoia integralmente as reivindicações dos professores e todas as suas formas de luta: que venham o congelamento de notas e greve por tempo indeterminado!!!!
As greves do INIDA e dos professores sinalizam que temos um futuro ex-Primeiro Ministro que ainda não deu conta de que seu Governo terminou:
1. Gostaria de começar por felicitar os senhores professores pela coragem de enfrentar e resistir nessa gloriosa batalha pela sua dignificação profissional e, particularmente, destaco a lucidez das lideranças sindicais!
2. A série de estudos do afrobarometer já mostrava uma tendência da transição sociológica interessante na preferência política: se desde a instituição da democracia nos anos 1990 os partidos políticos (MpD e PAICV) concentravam mais de 2/3 das preferências dos eleitores e aqueles que se diziam “independentes” representavam menos de 1/3 dos eleitores, nos dias de hoje, 30 anos depois, em 2023, a situação se inverteu completamente e temos mais de 2/3 dos eleitores se declarando “independentes” e aqueles que afirmam possuirem alguma preferência partidária representam menos de 1/3 da população;
3. Traduzindo em miúdos significa o seguinte: nos anos 1990 os partidos políticos juntos (MpD e PAICV) controlavam o comportamento político, social e sindical dos seus eleitores que somados contabilizavam mais de 70% dos eleitores: se um dirigente político partidário desse uma ordem para os seus apoiantes e simpatizantes se mobilizarem para fazerem algo ou para deixarem de fazerem algo tinham uma elevada probabilidade de sucesso à adesão ao seu comando, hoje, a capacidade de mobilização e controle político tanto do MpD quanto do PAICV juntos não chega a 20% da população;
4. O nível de adesão alcançada na greve dos professores acima dos 95% evidencia aquilo que os estudos de opinião do afrobarometer já apontavam no sentido da tendência da perda progressiva do poder de influência social dos partidos políticos: nos anos 1990 as escolhas socio-políticas eram ditadas pelas cores partidárias, nos dias de hoje, o cidadão eleitor, o professor militante ou simpatizante do partido “A” ou “B” dá mais relevância ao seu interesse individual do que qualquer cor partidária;
5. O MpD de Ulisses ainda está preso à nostalgia dos anos 1990 com suas maiorias qualificadas quando o lema era “ta pita e ta djuga” e havia “fidjus de dentu e fidjus de fora”, quando criticar o MpD era quase equivalente a criticar o Estado de Cabo Verde! Hoje, a situação é o contrário: quem não criticar o MpD e o Governo de Ulisses é que está contra Cabo Verde!!!!!
6. A greve dos professores mostrou a insignificância política do MpD e de seu Governo: os professores avisaram que fariam greve caso não fossem atendidos em seus pleitos, se uniram solidária e coesamente através de seus três sindicatos fizeram a greve de dois dias com essa adesão impressionante de quase 100% da classe e apoio da sociedade!
7. Nas Ciências Sociais existe uma teoria explicativa do funcionamento social que é o funcionalismo que diz que a sociedade funciona como um sistema vivo e que quando um órgão deixa de funcionar ou funciona deficientemente, outro passa a desempenhar a sua função, pois é: a classe dos professores resolveu assumir o comando da oposição política a esse (des)Governo de Ulisses e está se saindo muito melhor do que a Oposição! Realmente, neste momento, os professores é que estão representando todo o descontentamento do povo e o povo está com os professores nessa luta até ao fim!
8. O Povo apoia integralmente as reivindicações dos professores e todas as suas formas de luta: que venham o congelamento de notas e greve por tempo indeterminado!!!!
9. O (des)Governo de Ulisses não está a ser castigado apenas pelo congelamento dos salários dos professores mas por todo um conjunto de desmandos, pelas injustiças, pelos abusos, pelos incumprimentos de promessas, pela intransparência, pela incompetência, pelo caos na Administração Pública, pela insegurança, pelo desemprego!
10. A queda da cúpula da PJ provoca uma descontinuidade administrativa muito prejudicial à desejável estabilidade que se espera para o bom funcionamento da polícia científica.
O resultado dessa greve dos professores é o anúncio precoce de que temos um FUTURO ex-Primeiro Ministro em funções!
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