Não pode Santiago avançar se se continuar com a narrativa de que santiago já tem tudo, e que deverá ser o saco de pancada para a descentralização/regionalização e autonomias no país, quando, na verdade, a cintura da Praia e boa parte do Santiago norte e sul detêm os piores índices de desenvolvimento do país!!! As assimetrias de desenvolvimento estão aí mesmo e não devem continuar a ser discursos balofos e populistas contrários de muitos dirigentes nacionais!
Os marcos anuais concretos e decisivos para a materialização de atividades e projetos para o desenvolvimento do país e das suas regiões são os que os respetivos cidadãos esperam ver no orçamento anual do Estado.
Santiago há muito que espera e desespera por um conjunto faseado de materialização de atividades e projetos estruturantes para o seu desenvolvimento, no computo do que se faz para todas as ilhas.
Não foi desta que Praia e Santiago deslumbram o mínimo que era de se esperar após tanto espera e amargura. Vejamos:
- O prometido hospital central de raíz prometido em 1996, para 2007, pelo Ministro que lá estava e que o fez por “txakota” porque os representantes do fórum de desenvolvimento de Santiago sabiam que esse jamais moveria uma palha nesse sentido, dizia, foi referenciado em como a sua engenharia financeira (ainda!?) estará em modo montagem em 2023! Quem viver dirá o que acontecerá com os santiaguenses que já estão tão desesperados com a insensibilidade dos vários governos desse projeto e para o tratamento das coisas em geral de Santiago!
- Ainda não é desta vez que é pelo menos referenciada uma única alguma infrastrutura, estrutura institucional ou de formação para o setor do mar quer na Praia e, as tão esperadas, em Santiago Norte! Continuaremos, sine die, sem um sinal para o inicio de execução de infraestruturas portuárias comerciais, de pescas, de reparação/construção naval e de aquacultura (não obstante as melhores condições nacionais existentes na ilha para esta atividade), instalaão de administrações marítima e portuária competentes e autónomas e com orlas/frentes marítimas trabalhadas deficientemente (casos da Praia, Cidade Velha, Ribeira da Barca …)!
- Tendo desde 2012, alguns concelhos com o maior índece de desemprego, Santiago/Praia não conhecem sinais de planos e desenvolvimentos dos epicentros do agronegócio, praça financeira, parque industrial, centro de convenções e escola do mar (no novo campus da UNI-CV) e construção/reabilitação de habitações sociais que seguramente alavancariam o crescimento normal da ilha e da capital e minimizariam (isso sim), estruturalmente, esses relativamente altos níveis da taxa de desemprego existentes na boa parte dos concelhos de Santiago e as repercussões mais alarmantes (no país) para a inclusão social, indicadores de desenvolvimento na cintura da Praia e nos concelhos a norte e sul de Santiago, da segurança e paz social nas cidades santiaguenses!
- Não pode haver melhorias para esta ilha e para a capital se o lixo vai de novo para a velha lixeira da Praia (isso não aconteceria se o projeto de saneamento financiado pela União Europeia fosse implementado seriamente), se continuarmos e ter 40% de cobertura de esgoto para a capital (um outro ponto urbano do país que conta com seus políticos dedicados já está a quase 100%!), se os seus projetos hoteleiros e resorts anunciados não são mobilizados para materialização como o foram para as outras ilhas para quem respeitam, se os financiamentos chineses para o centro de convenções e 3 blocos habitacionais sociais para a Praia não são materializados (falta de políticos, decisores dedicados, desta feita para Santiago também?), e os setores do mar, turismo, industria, ordenamento do território e habitação social continuam a ter quase nulos impacto e importância no desenvolvimento adequado e sustentável da ilha. Da mesma forma não há empregos dignos quando esses projetos não avançam e algumas empresas com sede fora da ilha não investem no emprego dos locais e no desenvolvimento em Santiago, não obstante obterem o maior volume de negócio na ilha!
- Não pode Santiago avançar se se continuar com a narrativa de que santiago já tem tudo, e que deverá ser o saco de pancada para a descentralização/regionalização e autonomias no país, quando, na verdade, a cintura da Praia e boa parte do Santiago norte e sul detêm os piores índices de desenvolvimento do país!!! As assimetrias de desenvolvimento estão aí mesmo e não devem continuar a ser discursos balofos e populistas contrários de muitos dirigentes nacionais!
- Não pode, fruto da assunção errada atrás indicada, Santiago, continuar ausente nos fóruns do Dubai, do Sal, de Paris etc como destinos de alguns projetos sequer já que não tem dirigentes institucionais que levam seus projetos, mas sim os exclusivamente das suas ilhas, aproveitando da atual atuação superior de covardia, complexo e irresponsabilidade que carateriza posicionamentos em relação ás coisas de e para Santiago!
Urge um basta e combate por nova e melhor governação para Santiago!
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