Em última análise, as estratégias de ação externa devem ser formuladas à luz da "unidade da ação política"; contra a concepção e comportamento tradicionais da política externa de cada departamento, setor ou instituição, a título central ou local. Assim, estas orientações procuram dotar o Governo da Républica de Cabo Verde, "substâncias próprias" em tudo o que afecta a projecção externa deste arquipélago no mundo, salvo exceção, sempre á letra da Carta Magna, Cabo-Verdiana..
Cabo Verde, neste momento de modernidade, (evito citar nova normalidade) ou fim do “isolamento imaginário arquipelágico”, obriga “... a todas as forças vivas a edificarem aqui mesmo ...”, uma janela aberta para outras realidades, uma mudança enérgica, se necessário for, mas como um sujeito político em si mesmo com interesses estratégicos a levantar e defender...
Estamos felizmente em democracia e temos instituições interdependentes ao serviço desta pequena nação arquipelágica, mas é também necessario instalarmos uma vontade cidadã comum orientada para uma estratégia persistente e definida para um empoderamento e maior valorização da “marca país do atlantico médio”.
A defesa e promoção dos “interesses cabo-verdianos” são citados aqui, como objetivos a serem alcançados e se refletem em cuidados inescapáveis, como cuidados culturais, desportivas, educacionais, de saúde ou de proteção social e enquanto medidas são implementadas para apoiar também, o tecido empresarial destas todas dez ilhas na sua projeção externa, hoje, mais que necessario.
Cabo Verde para desenvolver-se tem de ver de dentro para fora. A ação para fora ou para “paises estrangeiros”, deve ser dotada de um esquema de ação baseado em varios pontos e conseguimos identificar alguns: i) a projeção dos valores da sociedade cabo-verdiana; ii) o estímulo à internacionalização dos sistemas produtivos, promovendo tanto ações por meio de programas que gerem benefícios materiais (negócios-serviços) e intangíveis (imagem) no exterior, superando os “tradicionais entraves da nossa presença estrangeira”; iii) a promoção da participação, incorporando todas as sensibilidades e nuances, para multiplicar a eficácia e o desenvolvimento de mecanismos de coordenação, evitando, sobreposições ou posições divergentes que diminuam a eficácia.
A sociedade civil deve inclinar-se aos orgãos e instituições de soberania que devem “fazer e exercer”: a coordenação político-administrativa, onde a ação externa deve ser responsabilidade, segundo reza a constituição da républica cabo-verdiana do governo da républica, através do Ministerio das Relações Exteriores, o órgão ou instituição, que coordenará, promoverá, canalizará e participará das iniciativas institucionais ligadas às orientações e Planos Governamentais desta X Legislatura, sob a orientação do Primeiro-ministro que forma idealmente a unicidade do governo, seguindo a execução, acompanhamento e avaliação das estratégias e politicas governamentais como reza a nossa Carta Magna.
O executivo é dotado dos “Instrumentos político-administrativos”; isto é, estruturas organizacionais e administrativas eficientes param o desempenho dos trabalhos de representação externa, presença internacional e projeção dos interesses de Cabo Verde, fora do território nacional: incluindo, naturalmente, todas as dez ilhais os ilheus e a zona económica marítima exclusivacabo-verdiana.
Cabo Verde devido também às nossas fragilidades, deve estar atenta a iniciativas privadas e individuais uteis para o reforço da nossa presença externa. (desportivas, culturais, musicais, empresariais...) que embora apresentam caracter autônomos, podem e devem (é minha humilde opinião) ser integradas na representação do Estado.
Nas últimas instâncias, o executivo tem o papel de instalação dos chamados, “Instrumentos não normativos”; isto é, goza da capacidade de formalizar acordos (mesmo sem efeitos jurídicos internacionais) com outras entidades territoriais em matéria de concorrência autonómica. (Os municipios criam autonimamente as amizades e geminações com entidades homologas doutros países) Tais instrumentos (não normativos) não devem ser negligenciados, mas muito pelo contrário, pois são avanços na cooperação e colaboração global, na medida em que aumentam a relevância da ação externa; também o Parlamento cabo-verdiano assume papel relevante nestas areas e o Presidente da Républica.
Em última análise, as estratégias de ação externa devem ser formuladas à luz da "unidade da ação política"; contra a concepção e comportamento tradicionais da política externa de cada departamento, setor ou instituição, a título central ou local. Assim, estas orientações procuram dotar o Governo da Républica de Cabo Verde, "substâncias próprias" em tudo o que afecta a projecção externa deste arquipélago no mundo, salvo exceção, sempre á letra da Carta Magna, Cabo-Verdiana.
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“... Vacine-se contra Covid -19 protegendo Cabo Verde...”
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