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Diáspora, um diamante por lapidar
Colunista

Diáspora, um diamante por lapidar

É hora de deixarmos os discursos bonitos e floreados sobre o potencial da Diáspora, basta de se cingir ao envio de remessas e respectivo contributo para o PIB. Urge a definição de políticas públicas concretas e objectivas, gabinetes direccionados para esta franja da população a nível das estruturas municipais, bem das entidades Nacionais. Aos que discordam alegando que os Emigrantes reclamam um tratamento especial e diferenciado para com os residentes, dizer-lhes não, apenas reclamasse um tratamento recíproco, pois este país sem a sua Diáspora vai ao fundo.

Lemos e ouvimos repetidamente, vastas vezes até de forma desconexa e sem fio condutor, que a Diáspora, população Cabo-Verdiana não residente, é um dos maiores activos do país, quiçá o maior.  Quando um Cabo-Verdiano é nomeado para um cargo Internacional, ganhamos todos, pois todos os Embaixadores, sejam eles oficiais, ou não, são poucos no exercício da Diplomacia e influência em prol destes grãozinhos de terra.

Com a recente reeleição de Gianni Infantino para Presidente da FIFA, Cabo-Verde em particular e África no geral somaram pontos. O antigo Internacional, Gelson Fernandes, natural de Boa Entrada, Santa Catarina de Santiago, que partiu para terra longínquas com apenas 5 anos de idade, representou clubes além de Suíços onde esteve radicado, em Portugal, Inglaterra e Itália, nos primeiros escalões de futebol ascenderá no Verão próximo ao cargo de Diretor da FIFA para as Federações Africanas, deixando a função de Vice-Presidente do Sion FC.

No que diz respeito à representação em termos de competição por selecções, o agora nomeado dirigente FIFA para as Federações Africanas fê-lo pela Suíça, país de acolhimento, tendo participado nas fases finais dos Europeus de 2008 e 2016 e dos Mundiais de 2010 e 2014. Porém, esta escolha por outra selecção que tantas vezes é criticada e mal vista pelos amantes de futebol, vem reforçar que o Emigrante pode até adquirir uma outra Nacionalidade e representar aquele país desportivamente, sem que tal implique preterir o seu país de origem, negar a sua pátria e consequente Naturalidade/origem.

É hora de deixarmos os discursos bonitos e floreados sobre o potencial da Diáspora, basta de se cingir ao envio de remessas e respectivo contributo para o PIB. Urge a definição de políticas públicas concretas e objectivas, gabinetes direccionados para esta franja da população a nível das estruturas municipais, bem das entidades Nacionais. Aos que discordam alegando que os Emigrantes reclamam um tratamento especial e diferenciado para com os residentes, dizer-lhes não, apenas reclamasse um tratamento recíproco, pois este país sem a sua Diáspora vai ao fundo.

Termino enderençando os maiores sucessos ao nosso conterrâneo e almejo que Cabo-Verde saiba tirar proveito desta nomeação que muito nos deve honrar e orgulhar.

SARAVÁ, GELSON FERNANDES!

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