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Cabo Verde. Integração da CEDEAO e CPLP na óptica de criação de oportunidades de negócios
Colunista

Cabo Verde. Integração da CEDEAO e CPLP na óptica de criação de oportunidades de negócios

Cabo Verde deve efectuar integração de facto na CEDEAO e na CPLP não unicamente nos moldes de simples aquisição de inter mobilidade, mas sobretudo na optica de criação de oportunidades de negócios e trocas culturais manipuando linguas de projecção internacional todo em criando, através das universidades um viveiro plataforma de estudiosos da cultura caboverdiana, associando nesta área a nossa diáspora divulgando a intensidade da lingua materna que felizmente hoje está formalmente protegida como património nacional... não subestimando que a lingua portuguesa deve fazer parte de coordenação e de acções transversais que necessita de uma diplomacia cultural ágil adequada a estes dificeis tempos da pandemia de Covid -19 que está ainda abalando socio e economicamente o mundo inteiro.

Numa reflexão simples e realista, creio e acredito, que para Cabo Verde, a potenciabilidade do conceito de “marca-país” pode servir de envelope para uma estratégia externa em termos de desenvolvimento alcançavel. Mas, apenas verbalizar essa marca não é suficiente. Impõe-se aqui a necessidade de analisar os pontos fortes e fracos, apontar as principais oportunidades e conjurar, na medida do possível, as ameaças que surgem no horizonte, como é comum no método SWOT. Concentrando-se no propósito de identificar todas as diversas caracteristicas e indicadores socioculturais imateriais espalhadas e vividas em todas as nove ilhas habitadas, embora em termos humildes, mas convencionais. Analisando todos os pontos fortes que Cabo Verde apresenta na sua expressão universalista chegaremos á conlusão que este país de quinhentos e poucos habitantes residentes, com uma area geografica de 4.033km2 (...de ponto de vista economica, um pouco mais se incluirmos a Zona Económica Marítima Exclusiva...), chegaremos á conclusão que, este arquipélago, teve e tem boa experiência estrangeira, forte identidade etnocultural, ícones universalmente reconhecidos...Cesaria Évora, Amilcar Cabral e mais ilustres patricios, entidades filhos ou originarios, destas ilhas com responsabilidades culturais, musicais e mesmo políticas nos USA, hoje no Governo actual da Républica Francesa, empresarios, investigadores, quadros e tecnicos bem-sucedidos nos Estados Unidos da America e em alguns países na Europa, dispomos ainda de dignos representantes embaixadores em várias áreas desportivas e culturais, temos uma boa literatuta e ganhamos recentemente dois prémios literários de prestígio a nivel da comunidade CPLP e temos dignos tecnicos, trabalhadores e especialistas, gentes na área desportiva e conceituados professores, no exterior...Sim Cabo Verde, não é um país fechado e muito menos, ainda, isolado do exterior...

Cabo Verde país politicamente estável, democrático e respeitado, tem, é minha visão, boa experiência nas relações com o exterior, essencialmente porque é um país de emigração, mas também, últimamente, país de acolhimento que permitiu criar uma cultura de aceitação da diferença, em relação a quem chega (sejam turistas, trabalhadores, investidores e pequenas ondas de imigração)... Migração nova neste pequeno país ilhas, que deve ser vista como uma força e até mesmo uma oportunidade...!

A condição de Cabo Verde ser reconhecida como “nação cultural”, deve ser muito mais explorada do que normalmente, embora, já se ouviu cantar que na inexistencia de petróleo e diamante, realmente a “Cultura Caboverdiana”, é a nossa “identidade" e naturalmente, o primeiro sinal força da “marca-país” para Cabo Verde e seu povo na diáspora, mas para abrandar a autoestima temos que identificar e clarificar, algumas vantagens que também podem ser entendidas como oportunidades. Tudo o que devemos todos fazer, em várias áreas é aproveitar e adaptar todas as potenciualidades de todas as ilhas, às demandas do mundo atual que vive em crise economica e sanitária nunca antes vista. Temos que ajeitar e encontrar á nossa maneira, melhor forma de amortecer os efeitos das fragilidades e limitações, que também existem e que devem ser superadas se queremos avançar... Não é negativo apostar e referenciar-se no papel da cultura, porque na prática e no dia-a-dia, todos ou se não, a maioria dos Estados-nação considera sua cultura (e suas línguas) para desenharem suas próprias e individuais “imagem-exterior”...

Em termos de linguagem, há o fator lingua que também nos pertence e que foi, inteligentemente identificada por Amilcar Cabral como a melhor herança do colonialismo: a “lingua portuguesa”. Se a nossa lingua materna é indispensável e utilizada no quotidiano das nossas vidas em todas as ilhas caboverdianas, o seu ponto fraco na projecção internacional de Cabo Verde, é evidente e não há argumentos contra factos, ela é minoritária e praticamente exclusiva, e temos já  boa ferramenta de comunicação por excelencia nos negocios, investigação cientifica, entendida aqui, mais alargadamente, como parte de uma comunidade linguística de nove países com impacto muito grande, ela é salvo erro,a mais falada no hemisfério sul e no clube da CPLP e muitas vezes esquecemos que o português é, secalhar mais importante hoje, em termos de língua nativa, do que a maioria das línguas de cultura “europeias”, com exceção do espanhol e do inglês. O portugues lingua ainda mal explorada, é para Cabo Verde, uma lingua destino que também se espalha por vários países da Europa, África, Ásia e Oceania, a ponto de ser uma das poucas línguas presentes nos cinco continentes...

A CPLP  uma comunidade de quarta linguagen de relação, como já tinha afirmado numa análise, publicada, anteriormente, no semanário A Nação,como clube comporta nove países unidos por um passado histórico colonial paternalista e linguístico, espalhados pela Africa, América do Sul, Asia e Europa, com pesos económicos desequilibrados, entre eles, ocupando, desmesuradamente e em destaque, sozinho, o Brasil, 85% da produtividade do conjunto no seu todo. No peso económico, Cabo Verde não está na cauda, os dados do Banco Mundial, atribuem a Cabo Verde, o valor nominal 1,8; ficando imediatamente, á frente de Timor Leste, 1,6; Guiné-Bissau, 1,3 e São Tomé e Príncipe, 0,4 respectivamente; estes resultados são confrontados com a soma, total produzida pela a comunidade, que em 2017, apresentou, um PIB nominal global, igual a 2.425,70 (10ª milhões USD resultado de 2017 “fonte: Banco Mundial”); mas nota também ressalvar que o Brasil, produziu, praticamente o bolo inteiro: (como novo país emergente), apresentando em 2017 o PIB nominal de 2.056,0 (10ª milhões USD resultado do ano de 2017 “fonte: Banco Mundial”) …!!

Cabo Verde deve efectuar integração de facto na CEDEAO e na CPLP não unicamente nos moldes de simples aquisição de inter mobilidade, mas sobretudo na optica de criação de oportunidades de negócios e trocas culturais manipuando linguas de projecção internacional todo em criando, através das universidades um viveiro plataforma de estudiosos da cultura caboverdiana, associando nesta área a nossa diáspora divulgando a intensidade da lingua materna que felizmente hoje está formalmente protegida como património nacional... não subestimando que a lingua portuguesa deve fazer parte de coordenação e de acções transversais que necessita de uma diplomacia cultural ágil adequada a estes dificeis tempos da pandemia de Covid -19 que está ainda abalando socio e economicamente o mundo inteiro.

“Está ainda a tempo de também salvar Cabo Verde! Vacine-se contra Covid -19”

 miljvdav@gmail.com

 

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