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A renovação do PAICV e as resistências
Colunista

A renovação do PAICV e as resistências

A líder do PAICV, Janira Hoffer Almada, foi reeleita com mais de 97% dos votos expressos nas urnas. Temos uma líder e presidente legitimada, pelo juiz maior da democracia, para implementar a sua visão para o partido, no estrito respeito pelos seus estatutos.

E a definição de uma nova visão para o partido, acompanhado de mudanças, é necessária para colocar a instituição em outros patamares de eficiência e eficácia ajustados à nova realidade do partido, agora na oposição, e aos novos contextos e exigências da sociedade. E qualquer processo de mudança enfrenta sempre resistência. E é o que se passa no PAICV enquanto organização em processo de renovação. E esta mudança alterou e altera a estrutura de poder e os hábitos individuais e da organização.

Com a eleição de Janira Hopffer Almada houve a modificação dos centros de tomada de decisão, novas formas de alocação de recursos e de resolver processos. E esta mudança leva à que a mesma enfrente a inercia e os interesses instalados  (manutenção de lugares, beneficios económicos e financeiros, “status quo”, etc).

Algumas resistências são abertas, reconhecíveis. Outras camufladas, subterrâneas e invisíveis, aliados à comportamentos desproporcionados e intencionais para se gerar confusão e sabotar os planos de mudança.

E nesta fase cabe a todos os amigos e militantes leais ao partido estimularem, orientarem e direccionarem acções que visam o fortalecimento do partido e não se deixarem levar por joguinhos e projectos pessoais de poder a todo o custo.

Sendo certo que o PAICV continuará a ser o partido plural, não poderá ser um partido de satisfação de caprichos individuais, dando a ideia de que deslealdade compensa ao arrepio da ética da responsabilidade e dos estatutos. E "não devemos permitir que a esperteza de poucos crie uma cultura perversa que ultrapasse as fronteiras da civilidade. E se transfira perigosamente como princípios formadores das posturas e atitudes futuras das atuais gerações”.

Estar na oposição em nada diminui a responsabilidade do PAICV de estar à altura de servir o país. Deve continuar empenhado na sua acção política para servir os cabo-verdianos para os novos e exigentes tempos, sobretudo num contexto em que o Governo, suportado pelo MPD, manca em dar sinais concretos no cumprimento das promessas eleitorais, com a desesperança a tomar conta das pessoas.

O PAICV tem uma líder resistente, com coragem, de grande comprometimento, com capacidade e vontade de fazer mais e melhor. Vejo um trabalho abnegado em prol do partido e Cabo Verde, vontade de mobilizar homens e mulheres para um objectivo comum. Olhemos para a frente. É isso que constrói!

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SOBRE O AUTOR

Carlos Tavares