O administrador executivo do INSP assegurou hoje que a situação da dengue em Cabo Verde é estável, com registo de 10 casos por semana, mas que é, entretanto, preocupante tendo em conta o aproximar da época das chuvas.
Hélio Varela falava à imprensa, à margem da 2ª edição do Simpósio da Investigação Científica organizada pela Universidade Jean Piaget de Cabo Verde (Uni-Piaget), quando instado a pronunciar-se sobre a situação da dengue no país.
“A situação é estável, mas temos sempre uma preocupação bastante interessante. Temos 10 casos por semana e estamos a trabalhar para reduzir este número a zero porque não queremos ter dengue em Cabo Verde”, assegurou.
Entretanto, acrescentou, é uma situação que preocupa muito as autoridades sanitárias uma vez que aproxima a época das chuvas, em que se regista o aumento da densidade dos mosquitos.
“E então queremos reduzir ou eliminar a transmissão comunitária desta doença até antes das chuvas”, disse, afirmando que diversas acções estão a ser levadas a cabo, desde campanhas, comunicação de risco nos órgãos de comunicação social, acções de formação e também de informação junto das escolas e comunidades, além de intervenção no terreno para ajudar neste sentido.
O ressurgimento da infecção foi anunciado no início de Novembro de 2023, 14 anos após o surto mais grave de dengue em Cabo Verde, que teve lugar em 2009, com 21.000 casos e seis óbitos, todos na ilha de Santiago.
Em finais de Dezembro o país contava com um total de 232 casos confirmados de dengue num total de aproximadamente de 500 casos suspeitos.
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, a par de inflamações na pele, fazem parte dos sintomas da infeção que, nos casos mais graves, pode evoluir para dengue hemorrágica e, no limite, causar a morte.
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