O Tribunal de São Vicente julgou hoje improcedente “por não provada” a acusação contra o arguido Aristides Gaspar e, em consequência, o mesmo foi absolvido dos quatro crimes de que vinha acusado, na sequência de roubo a um banco.
Também conhecido como Tito Gaspar, que se encontrava preso desde o dia 04 de Junho do ano passado, o mesmo chegou ao julgamento acusado de quatro crimes, nomeadamente roubo com violência sobre pessoas agravado, homicídio na forma tentada, crime de armas e crime de disparo de arma.
Na decisão produzida hoje por um tribunal colectivo, através da leitura do acórdão, para além da absolvição, “sem custas porque não são devidas”, o tribunal ordenou ainda sejam devolvidos todos os bens e produtos apreendidos ao arguido, e o mesmo fosse restituído imediatamente à liberdade.
Após proceder à leitura do acórdão, que durou pouco mais de 29 minutos, a juíza presidente do colectivo fez uma súmula ao arguido da decisão, em crioulo, em que vincou que no processo houve “pouco mais” do que “um conjunto de indícios, coincidências e semelhanças”.
Para a juíza, os indícios “são suficientes” para se avançar com o processo, mas estes deixam de existir quando se chega ao julgamento, porque, sintetizou, no fim só se pode falar de provas, que, neste caso, finalizou, “não foram produzidas”.
O caso deu-se às 08:20 do dia 27 de Maio do ano passado quando um homem, que trajava um fato-macaco cor-de-laranja, máscara, óculos escudos e de capacete na cabeça, entrou na dependência do banco Caixa Económica de Cabo Verde, à Avenida Fernando Ferreira Fortes, e anunciou o assalto, ostentando uma arma de fogo.
O autor do crime tinha uma moto estacionada na rua traseira ao edifício, onde funciona o banco, e que utilizou na fuga após consumar o assalto, do qual subtraiu “valores no montante de um milhão e setenta e sete mil escudos e uma nota de 50 GBP (Libra)”.
No dia 03 de Junho do ano passado, na sequência da investigação desencadeada pela Polícia Judiciária (PJ), o arguido Aristides Gaspar, hoje absolvido, foi detido em cumprimento de um mandado do Ministério Público.
Apresentado ao tribunal no dia seguinte, foi-lhe decretado prisão preventiva como medida de coação e, hoje, ano e um dia após a data dos factos, 27 de Maio do ano passado, Aristides Gaspar foi absolvido dos crimes de que fora acusado pelo Ministério Público.
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