Prisão preventiva para agente da PN suspeito de matar seu colega Hamilton
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Prisão preventiva para agente da PN suspeito de matar seu colega Hamilton

O Tribunal da Comarca da Praia decretou hoje, como medida de coação, a prisão preventiva do agente da Polícia Nacional, Eliseu Sousa (foto), principal suspeito do homicídio do seu colega de profissão, Hamilton Morais, quando estavam em missão no bairro de Tira-Chapéu, no passado dia 29 de Outubro.

Eliseu Sousa, de 37 anos, e também residente em Tira-Chapéu, foi detido ontem pela Polícia Judiciária, fora de flagrante delito, como o presumível autor material da morte do policial Hamilton Morais. Hoje, sábado, o agente suspeito foi apresentado ao tribunal da Comarca da Praia para legalização, tendo o juiz decretado a sua prisão preventiva. Sousa já está desde a tarde na cadeia central da Praia, em São Martinho.

A decisão do magistrado judicial veio, no fundo, confirmar as informações avançadas pela imprensa sobre um possivel "tiro amigo" na origem da morte de Hamilton e que contrariavam a versão da PN que havia indicado um outro suspeito, conhecido por Jamaica, como o presumível autor do disparo que ceifou a vida de um agente de autoridade. 

A própria PJ haveria de emitir um comunicado a informar que não deteve ninguém e que não havia provas suficientes para colocar o suspeito indicado pela PN na cena do crime ou como autor do disparo, daí ter mandado soltar Jamaica no mesmo dia.

O exame de balística terá sido essencial para desvendar a origem do tiro e levar ao seu autor. As investigações viriam a concluir que quem supostamente atirou foi o agente da PN, Eliseu Sousa, colega de Hamilton, e com quem estava no momento em que o piquete da polícia nacional foi accionada nesse dia para uma missão no bairro de Tira-Chapéu.

Trocas de mensagens mantidas entre Hamilton Morais e um seu familiar, um dia antes e postas a circular na net, mostram que o falecido agente estava preocupado com colegas que estariam a alertar os traficantes em investigação de que a polícia tinha operações em curso para os flagrar. E a missão resultava em nada. Hamilton disse inclusive que já sabia quem era o informante e que iria pegá-lo. A relação entre estas mensagens e o assassinato de Hamilton será um dos objectos de investigação da polícia científica, que terá de provar se uma coisa tem a ver com a outra.

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