Sociedade

Balanço do naufrágio: um morto, que já foi sepultado no cemitério de Achada Igreja, em Santa Cruz, e dois desaparecidos – um adulto e um jovem – cujas buscas continuam ainda. Identidade de restos mortais encontrados no mar na encosta do “Casa Para Todos”, em Pedra Badejo ainda é desconhecida. Estão na PJ para análise de dados biológicos e teste de DNA.

Em comunicado de imprensa divulgado na tarde desta terça-feira, 16 de abril, a Polícia Nacional (PN) dá conta do aparecimento de restos mortais no mar situado nas encostas do Casa Para Todos, em Pedra Badejo, cuja identidade ainda é desconhecida. Encontram-se sob a alçada da Polícia Judiciária (PJ), para as análises que se impõem.

A operação de buscas está sendo feito em conjunto com a Guarda Costeira, informa o referido comunicado, acrescentando que “resultou, até agora, na localização de alguns restos mortais, encontrados no mar situado nas encostas do empreendimento Casa para Todos, em Santa Cruz.”

Esses restos mortais foram transladados para a Delegacia de Saúde local, que informou à Procuradoria da República da Comarca local. De imediato, a Procuradoria ordenou a entrega dos mesmos à Polícia Judiciária, para efeitos de análise de dados biológicos e teste de DNA.

No entanto, as buscas prosseguem em todas as encostas do concelho de Santa Cruz, visando a localização dos desaparecidos.

A PN informa ainda, que segundo testemunhas no local, o referido naufrágio terá ocorrido devido ao excesso de carga e ao estado agitado do mar, assim como, pelo mau tempo que havia nesse dia.

De acordo com o comunicado, "a embarcação de boca aberta transportava enorme quantidade de aguardente, sendo 23 garrafões de 25 litros cada e vários géneros alimentícios. Porém, não possuía nenhuma licença para o transporte de cargas, pois não reunia as mínimas condições para esse efeito".

O naufrágio ocorreu no passado dia 11 de abril de 2019, no mar de Porto Fundo, concelho de Santa Cruz, e resultou na morte de um dos ocupantes por asfixia e no desaparecimento de outros dois. Os viajantes eram da localidade de Cancelo, e o destino era a Ilha da Boavista. Desde essa altura, a PN iniciou uma operação de buscas, em conjunto com a Guarda Costeira, com o intuito de localizar os dois cidadãos desaparecidos em alto mar.