O fugitivo suspeito de ser co-autor material do assassinato da jovem salense Zenira Gomes, em 2021, na cidade da Praia, assim como do cambista Branco, em 2014, também na capital cabo-verdiana, Johnny Brandão, foi ouvido hoje pela justiça norte-americana na sequência da sua detenção por supostamente mentir para obter um passaporte substituto em Dakar, para onde terá fugido, após o primeiro ter sido confiscado pelas autoridades cabo-verdianas na sequência destas acusações de assassinato.
Segundo soube Santiago Magazine junto de uma fonte que acompanha o processo nos Estado Unidos, devido ao facto não ter antecedentes criminais naquele país, a Procuradoria Federal propôs na audiência de hoje uma pena entre 10 a 16 meses de cadeia, o que contraria um comunicado do Ministério Público de Cabo Verde, que avançou que Johnny enfrenta uma pena de até 10 anos de cadeia nos EUA.
A Procuradoria norte-americana argumentou ainda, segundo a fonte do Santiago Magazine, que não vai usar os factos de que Johnny Brandão ter sido acusado em Cabo Verde porque, tanto no arquipélago, como nos Estados Unidos ele sempre se presumirá inocente.
Segundo a mesma fonte, os advogados do Johnny “estão muito confiantes” que ele sairá sob alguma outra medida de coação que não restritiva de liberdade.
Quando for marcada a audiência de julgamento, testemunhas abonatórias irão ser arroladas, assim como documentos e peças processuais do caso em Cabo Verde, tudo para provar aquilo que a sua defesa chama de “aflição e injustiça” que lhe levou a sair de Cabo Verde.
Johnny Barros Brandão, de 40 anos, terá dito em um formulário de inscrição na Embaixada dos EUA em Dakar, Senegal, que havia perdido seu passaporte durante um jantar no Natal de 2022, de acordo com o Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito de Massachusetts.
Entretanto, o site NBC10 BOSTON avança que Brandão terá mentido, uma vez que este teve seus passaportes americanos e cabo-verdianos confiscados quando foi libertado da prisão preventiva pelo Tribunal da Comarca da Praia. Este sumiu do mapa dias depois, com a justificação de falhas processuais.
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