Inquérito exclui maus tratos a recruta militar Davidson Barros falecido em MIndelo
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Inquérito exclui maus tratos a recruta militar Davidson Barros falecido em MIndelo

Um dos inquéritos sobre a morte de um recruta das Forças Amadas, Davidson Barrosna, ilha de São Vicente, concluiu que não houve abusos na instrução militar, anunciou hoje fonte oficial.

"Não foram estabelecidos quaisquer nexos de causalidade entre a morte do recruta e a ocorrência de abusos, excessos e ou maus tratos durante a preparação militar", disse o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA), António Duarte Monteiro, em conferência de imprensa na Praia.

Cabo Verde tinha em curso três inquéritos sobre a morte do recruta e um deles, para apurar a adequação do procedimento de instrução, instaurado pelo Ministério da Defesa Nacional.

Há um mês, as Forças Armadas anunciaram que o recruta militar tinha uma doença silenciosa (miocardiopatia dilatada), que evolui progressivamente, e que não foi detetada na inspeção.

Acrescentaram ainda que a causa principal da morte do recruta foi “edema agudo pulmonar”, que teve como causa intermédia a falha ventricular esquerda e miocardiopatia dilatada e ainda como causa básica a obesidade.

Na conferência de hoje, o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas disse que a preparação militar até à data do falecimento do recruta decorreu normalmente e em conformidade com as normas constantes dos regulamentos militares.

Para reforçar a inspeção militar, incrementar a segurança e a capacidade de respostas em situações de emergência médica, a instituição quer implementar uma nova tabela de perfis psicofísicos e de inaptidão e atualizar os critérios de seleção para efeitos militares.

As Forças Armadas também querem ter um aparelho desfibrilador num único centro de instrução do país e ter uma ambulância "devidamente apetrechada" para fazer face às demandas.

O jovem, que era natural da localidade de Queimada Guincho, na ilha do Fogo, foi assistido, primeiro, na enfermaria do Centro de Instrução Militar do Morro Branco, de onde foi transferido para as urgências do Hospital Batista de Sousa (HBS), no Mindelo.

Já sob observação naquela unidade, “apesar de uma ligeira melhoria, o quadro era preocupante”, acabando por falecer no dia 13 de outubro, após cinco paragens respiratórias.

Este não é o primeiro caso do género, já que em outubro de 2019 um jovem de 21 anos, natural da Praia, acabou por falecer, após desmaiar no centro de instrução militar em São Vicente.

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