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Embaixador Eurico Monteiro reconhece situação de vulnerabilidade dos doentes transferidos para Portugal
Sociedade

Embaixador Eurico Monteiro reconhece situação de vulnerabilidade dos doentes transferidos para Portugal

O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, reconhece que os doentes transferidos para tratamento neste país europeu estão em situação de vulnerabilidade, realidade que tem merecido uma atenção especial da embaixada.

Em entrevista à Inforpress, em Lisboa, o representante diplomático de Cabo Verde lembrou que a “comunidade expressiva” dos doentes cabo-verdianos em Portugal resulta do acordo já muito antigo, existente entre os dois países, em que os doentes com viabilidade de cura em Portugal, mas sem possibilidade de tratamento no arquipélago, são “evacuados”.

“Os doentes evacuados requerem uma atenção muito especial e muito particular da embaixada, porque trata-se de gente em uma situação de vulnerabilidade, de doença, numa terra, que mesmo amiga, é estrangeira e longe dos seus familiares”, afirmou, acrescentando que o “grande problema de uma boa parte dos doentes tem a ver com essas condições, porque há outra parte que é acolhida pelos familiares”.

Segundo Eurico Monteiro, esses doentes, alguns acompanhados dos familiares, são do regime contributivo, ou seja, com o apoio directo do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e outra parte do regime não contributivo, que tem o apoio directo do Estado, com o financiamento do orçamento do Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social e a gestão da embaixada.

Neste momento, estão em Portugal, entre a região de grande Lisboa, Coimbra e Porto, cerca de 1.200 doentes e acompanhantes, sendo que do regime contributivo recebem 540 euros, mas se for com acompanhante são quase 960 euros mensais, e do regime não contributivo recebem 374 euros e se for com acompanhante, esse montante chega a 561 euros.

A grande maioria dos doentes evacuados está nesta zona de grande Lisboa, mas os que estão no Porto, também já são residentes, com apartamentos, através do regime especial do protocolo entre as associações cabo-verdianas e a Embaixada de Cabo Verde para o acolhimento desses doentes, à semelhança do que já acontece na capital portuguesa.

“Demos um salto qualitativo, conseguimos pagar agora regularmente os doentes, estão em condições de habitabilidade bastante razoáveis, mas graças a esta parceria muito especial com as associações cabo-verdianos”, concluiu.

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