Cardeal alerta para a possibilidade de haver “uma organização criminosa com intenções desconhecidas” por detrás dos desparecimentos sobretudo de crianças no país. Edvânia, 10 anos, é o caso mais mediático, tendo originado uma manifestação pública a pedir mais atenção das autoridades.
O Cardeal e bispo de Santiago, Dom Arlindo Furtado, considera “muito preocupante, grave e chocante” a situação de desaparecimento de pessoas em Cabo Verde, considerando que há “qualquer coisa que está a acontecer que não dá para entender”.
Em declarações ao site da Diocese de Santiago aventou à possibilidade de haver “uma organização criminosa com intenções desconhecidas”.
O bispo de Santiago mostra-se ainda preocupado, sobretudo com o desaparecimento de crianças, crime esse que classifica de “hediondo e gravíssimo”.
Para Dom Arlindo Furtado, esta situação tem de ser resolvida e desmantelado o grupo de raptores.
Por outro lado, alerta as famílias, autoridades e a todos os cidadãos em geral a estarem mais atentos e dispostos a contribuir no sentido de prevenir, evitar e denunciar esse tipo de crime.
O cardeal manifesta solidariedade aos familiares das vítimas e interpela a ajuda de Deus para que a situação seja resolvida de forma rápida com toda a eficácia possível.
Num curto período de tempo contabilizaram-se três pessoas desaparecidas. A 28 de Agosto, Edine Jandira Robalo Lopes Soares, 19 anos, conhecida por Loke, deixou a casa alegando que ia levar o bebé para o controle no PMI (Programa Materno-Infantil), na Fazenda, Praia. Até hoje a mãe e o filho continuam desaparecidos.
No dia 14 de Novembro, Edvania Liciane Carvalho Gonçalves, 10 anos de idade, desapareceu da casa dos pais em Eugénio Lima, Cidade da Praia, e ainda não foi localizada.
Com Inforpress
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