Desmistificar o sentido natalício é importante para dissipar dúvidas e alimentar um espírito de esperança e um sentido afirmativo quanto ao significado especial e fundamental do natal. Várias sombologias têm assumido contornos diversos sobre o natal.
Muito mais do que simbologias a identidade essencial do natal deve refletir os valores matricionais em que estão vinculados o natal. Teologicamente temos a dimensão encarnaciolalista, a transcendência se revelou como forma humana na sua plenitude. Temos então o que na antropologia chamamos de "aculturação", o Verbo vivo e absolutamente divino veio na plenitude dos tempos para se habitar entre os humanos. Isso é sem dúvida fantástico e estupendo, não deixaria de causar alguma perplexidade sem deixar de ser complexo, mas não podemos deixar de salientar o factor imanente da encarnação.
A eminência significa que a transcendência se identificou com os humanos, temos então a humanidade plena sem margem para qualquer outra cogitação.
Natal cristológico e teológico nos conduz a uma profunda reflexão da nossa realidade interna e dos nossos valores, quanto mais ainda das verdades essenciais da existência. Uma mudança de paradigma deve ser considerada com um profundo senso de maturidade espiritual sobre a essencialidade natalícia. Tudo que é trivial e profano deve ser repensado para que as práticas sejam alteradas e comportamentos sejam modificados.
Natal não é tempo para aproveitamento das necessidades alheias, das fragilidades humanas. É um momento para um profundo altruísmo e espírito sincero. Jesus se humanizou para que o amor entre os humens fosse o pendor na relação humana e a justiça fosse a arma principal no combate às desigualdades entre os homens.
A harmonia interna, as grandes mudanças políticas traduzidas em justiça social e dignidade, devem traduzir o sentido real do natal. A figura principal ou a centralidade deve ser Jesus. Natal é Jesus, o resto é tudo, menos Jesus. Feliz Natal a todos.
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