O empresário e diplomata venezuelano Alex Saab acaba de ser extraditado para os Estados Unidos da América. Um avião da polícia federal norte-americana chegou ao Sal, onde Saab estava detido desde Junho do ano passado, a meio desta tarde e está, neste preciso momento, com mais de hora e meia de voo de regresso a América, levando a bordo um dos homens de confiança do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tido pelos EUA como seu tutor.
Nenhuma fonte oficial confirmou ainda esta informação, mas Santiago Magazine já sabe, de fonte segura, que Alex Saab deixou a ilha do Sal num avião jato do departamento de justiça dos Estados Unidos da América - um Gulfstream de matricula N708JH, de resto, o mesmo que tinha vindo buscar Saab aquando da decisao do STJ - por volta das 17 horas deste sábado. Fontes deste jornal na ilha do Sal - sem saberem o que estava a acontecer - contaram que no aeroporto internacional Amílcar Cabral havia um aparato policial e militar no perímetro aeroportuário e que inclusive a PJ e a PN deteve, para revista, pessoas que julgaram estarem ao serviço de Saab.
O empresário e enviado especial colombiano Alex Saab (tem ascendência libanesa e nacionalidade venezuelana e colombiana), detido pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, em 12 de junho de 2020, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, Sal, foi de facto hoje extraditado para os Estados Unidos da América.
Alex Saab, com 49 anos, foi detido pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas no dia 12 de junho de 2020, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA, numa viagem para o Irão em representação da Venezuela, na qualidade de "enviado especial" e com passaporte diplomático.
A sua detenção colocou Cabo Verde no centro de uma disputa entre o regime do Presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, que invoca as suas funções diplomáticas aquando da detenção, e a Presidência norte-americana, bem como irregularidades no mandado de captura internacional e no processo de detenção.
Washington pedia a sua extradição, acusando-o de branquear 350 milhões de dólares para pagar atos de corrupção do Presidente venezuelano, através do sistema financeiro norte-americano.
O Tribunal Constitucional decidiu, mesmo depois de posições contrárias do Tribunal da CEDEAO e da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, em Setembro último julgar improcedente o recurso interposto pela defesa do colombiano alegando que o Tribunal de Relação de Barlavento (TRB) e o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) conduziram o seu processo de sua extradição para as terras do Tio Sam aplicando normas inconstitucionais.
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