Região com grande potencial histórico-cultural, Silvino Évora, presidente da Assembleia Municipal do Tarrafal de Santiago, defende que este concelho, situado no extremo norte de Santiago, precisa alavancar o seu desenvolvimento para chegar ao patamar da redução do desemprego.
O autarca, que falava em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, para fazer o balanço das comemorações dos 101 anos do município e uma avaliação dos desafios e oportunidades do município, disse que para a consecução desse desiderato há um conjunto de desafios que devem ser vencidos.
De entre esses desafios, Silvino Évora apontou a construção de soluções a nível do património edificado, designadamente o ex-campo de concentração do Tarrafal, que classificou como um grande activo em termos de potencialidades turísticas.
“Neste momento, está a reclamar de muitas intervenções para uma maior valorização no mercado turístico”, notou o autarca, lembrando que o edifício está num processo junto do Instituto de Património Cultural (IPC) para a sua elevação à categoria de Património Mundial da Humanidade.
Para além disso, indicou a necessidade de “aflorar” as atractividade do ex-campo de concentração enquanto um produto turístico de excelência.
Silvino Évora reivindicou também a construção de uma via rápida, de modo encurtar a distância e valorizar toda a Ilha de Santiago em termos de acessibilidades.
Apontou ainda a criação de plataforma marítima no município que sirva de porto de pesca e de passageiros, bem como de uma marinha à semelhança da Baía de Porto Grande, em São Vicente.
“A intermodalidade dos transportes acabaria por potenciar as virtualidades do município em torno do turismo”, explicou o presidente da Assembleia Municipal do Tarrafal de Santiago, reivindicando igualmente a criação de um destino turístico para o concelho.
Silvino Évora defendeu, contudo, que é preciso ter uma definição de prioridades para que o município do Tarrafal entre no processo de desenvolvimento de Cabo Verde.
“Ao logo dos anos foi praticamente marginalizado e é, por isso, que está da forma como está”, conclui.
Com Inforpress
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