A decisão de quem governará a CMP não pode ser tomada de forma apressada ou com base em promessas vazias. Deve ser uma escolha que reflita a vontade de construir um futuro justo, transparente e comprometido com o bem-estar da população. Enquanto as acusações do maior roubo de terrenos da história de Santiago não forem esclarecidas e julgadas, devolver a CMP ao MPD é, no mínimo, um risco. É tempo de dizer NÃO à continuidade de práticas que lesam o povo e a cidade. Santiago merece mais!
O povo de Santiago enfrenta mais uma vez uma decisão crucial nas urnas: devolver ou não a gestão da Câmara Municipal da Praia (CMP) ao MPD. Esta decisão, no entanto, não é apenas política, mas também ética e de responsabilidade com o futuro da nossa cidade. É preciso refletir profundamente sobre as implicações de um possível retorno do MPD à CMP, especialmente enquanto o maior escândalo de roubo de terrenos da história de Santiago permanece sem desfecho judicial.
Nos últimos anos, vimos a CMP sob ataques sucessivos, cortes orçamentais e auditorias que, embora necessárias, foram utilizadas como ferramenta política para enfraquecer o atual presidente, Francisco Carvalho. Tudo isso sob a influência direta de um governo central liderado por Ulisses Correia e Silva, que declarou publicamente que "a CMP deve ser retomada custe o que custar". Esta declaração, longe de ser neutra, evidencia um desespero que merece ser analisado: retomar para quê? Continuar o quê?
Abraão Vicente, apresentado como candidato “independente”, é uma extensão clara do MPD e de Ulisses Correia e Silva, funcionando como um "peão" político para disfarçar a ligação direta com o partido. Seu histórico em São Vicente já levantou dúvidas sobre sua integridade, desde escadas de 3 milhões de escudos a promessas não cumpridas com os defensores da Matiota. E agora, ele surge como a solução para a Praia?
Abaixo, apresentamos sete razões para que Santiago diga NÃO ao MPD e preserve a CMP longe de influências que podem perpetuar práticas já denunciadas como lesivas ao bem público.
Sete perguntas para refletir: por que não devolver a CMP ao MPD?
1. Por que o desespero?
Ulisses Correia e Silva afirmou que a CMP deve ser retomada "custe o que custar". O que justifica tamanho desespero, especialmente quando o processo judicial do roubo de terrenos ainda não foi concluído? O que eles precisam ocultar ou proteger?
2. Que continuidade se pretende?
Caso o MPD retome a CMP, não seria uma continuidade do esquema já denunciado? Abraão Vicente, como figura ligada ao partido, poderia atuar livremente ou seria mais um executor das ordens do Primeiro-Ministro?
3. Gestão atual versus gestão pasada:
A gestão de Francisco Carvalho enfrentou cortes orçamentais e auditorias sucessivas. Por que a gestão anterior, envolvida no escândalo dos terrenos, nunca foi alvo de investigações semelhantes? Isso não demonstra uma tentativa de proteger antigos aliados?
4. O perigo do controle político.
Se Abraão Vicente for eleito, como garantir que ele não será controlado diretamente por Ulisses Correia e Silva, dado o histórico de ingerência do governo central em assuntos municipais?
5. O caso de São Vicente como alerta.
Em São Vicente, Abraão Vicente deixou dúvidas quanto à sua integridade, com promessas não cumpridas e investimentos questionáveis, como as escadas de 3 milhões de escudos. Por que deveríamos acreditar que sua atuação na Praia será diferente?
6. Impacto na confiança pública.
Devolver a CMP ao MPD antes de uma conclusão judicial no caso dos terrenos não enfraqueceria a confiança da população no combate à corrupção e na transparência da administração pública?
7. Alternativa para o futuro.
Com tantas acusações e suspeitas contra o MPD, por que não apostar em alternativas políticas que coloquem os interesses do povo de Santiago em primeiro lugar.
Conclusão
A decisão de quem governará a CMP não pode ser tomada de forma apressada ou com base em promessas vazias. Deve ser uma escolha que reflita a vontade de construir um futuro justo, transparente e comprometido com o bem-estar da população. Enquanto as acusações do maior roubo de terrenos da história de Santiago não forem esclarecidas e julgadas, devolver a CMP ao MPD é, no mínimo, um risco. É tempo de dizer NÃO à continuidade de práticas que lesam o povo e a cidade. Santiago merece mais!
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