Realiza-se na cidade de Santa Maria, ilha do sal, capital turística de Cabo Verde, a cimeira da CPLP (comunidade de países de língua portuguesa), sob o lema “pessoas e cultura”, mas também com a questão da mobilidade em pauta, desencadeando, no dizer dos jornalistas, na maior operação logística nunca antes vista, e tendo o próprio Presidente da Republica de Cabo Verde recebido pessoalmente à saída do avião cada delegação, liderada pelos presidentes da República.
A CPLP é uma comunidade com mais de 270 milhões de pessoas, tendo países importantes no panorama internacional, tal como Brasil, sendo parte tanto da MERCOSUL (mercado comum do Sul), mas também da denominada BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China), países emergentes. De igual modo, Portugal, país este pertencente a EU (união europeia), organizações responsáveis por milhares de bilhões em fluxo monetário a nível mundial. Portugal membro contratante inicial do acordo/tratado que cria a CPLP, assinado pelo então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, neste momento com figuras ilustre no topo das organizações mundiais, nomeadamente da Organização Nações Unidas, nomeadamente Eng. António Guterres, sem deixar de lado o Dr. António Vitorino. Assim estes dois pilares e importantes países podem criar condições para que esta organização funcione.
A CPLP, criada a 17 de Julho de 1996, com o intuito inicial de aproximação dos povos da língua portuguesa. Fazem parte da organização os seis países de África mais Brasil, Portugal e Timor Leste, este último entrou um pouco mais tarde, pós a guerra instalada na altura pela vizinha Indonésia. Igualmente envolto a muita polémica foi aceite a Guiné Equatorial, pós a assinatura da moratória e da assunção da responsabilidade da abolição da pena de morte. Neste momento esta organização aceitou um conjunto de países como Maurícias, Eslováquia, e entre outros que almejam entrar como membro observador ou associado.
Que perspectivas da presidência de Cabo Verde, iniciada agora e que perdurará pelo biénio 2018-2020, e que “atrevimento” no dizer do Presidente de Cabo Verde, e que resultados possamos esperar de um país que quer continuar a afirmar-se na esfera internacional, mas que pela sua natureza pequena e insular, com uma economia exígua. Cabo Verde adoptou desde sempre comportar de forma grandiosa, mesmo sem dispor de grandes verbas. Na perspectiva do prémio Camões 2018, Germano Almeida, não espera muito da presidência de Cabo Verde, mas que se fizer alguma coisa ficaria contente.
“yes we can”, começando com a famosa e célebre frase do ilustríssimo Barack Obama, utilizada na sua campanha vencedora a presidência dos Estados Unidos de América. O meu/nosso país, não precisara de muito dinheiro, mas sim de boa vontade, de iniciativas, de empenho, determinação e coragem. Cabo Verde sempre esteve bem e pelo bem deverá continuar.
Que no final deste mandato que ora inicia, possamos concretizar tanto a mobilidade das pessoas e bens, mas também desencadear outras iniciativas, tais com: a materialização plena do acordo penal a poucos dias ratificado em Cabo Verde, um acordo de não dupla tributação aduaneira, de um acordo a nível universitário de reconhecimento de diplomas universitários, intercâmbio e mobilidade de estudantes universitários, de um instituto internacional cultural, ou a reorganização e reestruturação do ILP, de uma agência de capacitação e formação jurídica, de um instituto de pesquisas e manutenção da saúde marinha, de uma organização responsável para a promoção da cidadania e promoção da juventude e género, e quiçá da universidade da CPLP da política e democracia.
Que no final deste cimeira possam sair ideias concretas e concretizáveis, para que num futuro próximo possamos ter ideias materializadas para bem do povo da CPLP, numa perspectiva integracionista.
Um Bem-haja a CPLP!
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