O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que “não há nenhum problema” com Orlando Dias e que o MpD irá conseguir ultrapassar esta fase de alguma “turbulência”.
É uma reação que surge após Dias ter ido ao Facebook mostrar o seu descontentamento com aquilo que chama de “traição organizada” pelo seu próprio partido, incluindo membros do novo Governo, pelo que, afirmou, “haverá consequências imprevisíveis”, na sequência da sua reprovação para primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional.
“Não há nenhum problema. Nós temos um grupo parlamentar unido, coeso, vamos ultrapassar esta fase de alguma turbulência, mas todos estão focados para fazermos um bom mandato e o Parlamento é fundamental como suporte da actividade governativa”, disse Ulisses Correia e Silva em declarações à imprensa momento após sua tomada de posse para um segundo mandato como Primeiro-ministro.
“Traição organizada pelo meu próprio partido e grupo parlamentar. No mínimo dez deputados eleitos do meu próprio partido traíram-me, incluindo membros do governo (5). Haverá consequências imprevisíveis”, escreveu na sua página do Facebook.
Orlando Dias contou com 36 votos favoráveis, 35 não e uma abstenção, pelo que não teve votos suficientes para ser eleito, porquanto nos termos regulamentares exige-se maioria absoluta para um candidato ser eleito. Faltou-lhe apenas um voto.
Perante este quadro, a líder parlamentar do MpD, Joana Rosa, pediu 30 minutos de suspensão dos trabalhos, prontamente aceite por Jorge Santos, e avançou com o nome de Armindo da Luz para concorrer à vaga pelo qual Orlando Dias foi rejeitado pelo parlamento.
O deputado nacional Austelino Correia, eleito pelo círculo eleitoral de Santiago Norte na lista do MpD, foi eleito presidente da Assembleia Nacional, com 88% dos votos dos parlamentares.
Todos os restantes integrantes da lista, designadamente, Eva Ortet (PAICV) para segunda vice-presidente da mesa, Georgina Gemiê (MpD) para primeira secretária, Julião Varela (PAICV), para segundo secretário da mesa e Anilda Tavares (MpD) para terceiro secretário foram eleitos com maioria absoluta.
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