Tribunal de Contas aberto para realizar auditoria às obras do Mercado de Coco em 2023
Política

Tribunal de Contas aberto para realizar auditoria às obras do Mercado de Coco em 2023

O presidente do Tribunal de Contas (TC) disse hoje que, para este ano, a instituição não possui meios humanos e nem financeiros para fazer auditoria às obras do Mercado de Coco, mas está aberto para fazê-lo em 2023.

João da Cruz Silva fez estas declarações à imprensa no final da entrega do parecer da Conta Geral do Estado de 2019 à Assembleia Nacional, após ser questionado sobre a razão da não realização das auditorias do mercado de Coco, adiantando que a auditoria é feita ou por iniciativa do TC ou do parlamento e este último solicitou a auditoria e quando assim o é, cabe ao mesmo custear.

“O problema é que quando o parlamento pede uma auditoria é o parlamento que tem que custear, isto está consagrado na lei do Tribunal de Contas, portanto quando pede tem que custear a auditoria simplesmente dissemos para se cumprir aquilo que está na lei”, disse.

“Porque nós propomos que haja uma auditoria à estrutura da obra, fazer uma auditoria da obra implica recrutamento ou do Laboratório de Engenharia de Cabo Verde ou de engenheiros privados para fazer esse trabalho e tem custo”, enfatizou João da Cruz Silva.

Aquele responsável vincou ainda que, neste momento, o TC não dispõe de recursos humanos e nem financeiros “suficientes” para este fim, porque as pessoas já estão alocadas em outras auditorias enquadradas no plano de actividades do ano corrente.

“Não é só o custo, também nós já estamos no final do ano. Temos um plano de actividade para cumprir até o final do ano e não dá para retirar as pessoas de uma auditoria e fazer outra, então até o final do ano aprovaremos o nosso plano de actividades e podemos prever independentemente do pedido do parlamento”, sublinhou.

Instado porque o Tribunal de Contas nunca tomou a iniciativa de fazer a auditoria das obras do Mercado de Coco, perante as alegadas ilegalidades, sobretudo por parte do PAICV (oposição), respondeu que priorizam as auditorias de acordo com o critério de risco.

“Se há um risco elevado para uma determinada entidade nós internamente fazemos a avaliação do risco e em função do risco fazemos a auditoria, mas estamos abertos para fazer essa auditoria no próximo ano”, concretizou o presidente.

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