A manifestação dos trabalhadores da Câmara Municipal da Praia para protestar contra a situação laboral, que deveria ser retomada hoje, volta a ser suspensa, segundo o sindicato que os representa, após um entendimento na reunião com a autarquia.
Esta informação foi avançada à Inforpress pelo presidente do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Serviços, Agricultura e Afins (Siacsa), Gilberto Lima, que confirmou a realização de um encontro havido esta terça-feira, com os respectivos responsáveis de cada sector.
Na reunião, afirmou o sindicalista, foram desenhados alguns princípios que devem levar a um entendimento e que abrem caminho para as futuras negociações entre diferentes grupos profissionais junto com os seus respectivos directores de serviço.
“Portanto o que queremos neste momento é que de facto seja cumprido na íntegra esta intenção por parte da Câmara Municipal da Praia em relação aos trabalhadores, porque na verdade neste momento há um sentimento de precariedade laboral por parte dos trabalhadores que de resto foi espelhado e devidamente explicado na reunião”, disse.
No entanto, declarou que agora vão aguardar novos passos em relação à matéria discutida, desde a questão de progressões na carreira profissional, a melhoria salarial, a questão do INPS, a precariedade laboral nos diferentes serviços, para ver o que acontece nos próximos tempos.
Apontou, como exemplo, a situação dos trabalhadores que trabalham sem condições necessárias na oficina mecânica e dos bombeiros, relativamente às suas progressões na carreira profissional.
“Foi o que debruçamos com os vereadores, embora queríamos ter esse encontro com o presidente da câmara, que na última hora teve de ir a uma outra reunião, segundo informações, mas acabamos por discutir com os directores de serviços todos os pontos que tínhamos em agenda, e creio que todos saíram mais ou menos satisfeitos no dia de ontem” revelou.
Neste sentido, a manifestação fica suspensa, mas o sindicalista lembrou que desde o princípio tinha dito que quando há portas abertas para o diálogo, continuarão a dialogar de forma a encontrar o caminho que todos almejam.
Porque diz entender que não deve haver tipos de procedimentos “maldosos” para com os trabalhadores, mas defende, sim, um entendimento recíproco e que direitos sejam respeitados, assim como os deveres sejam cumpridos.
A primeira manifestação pacífica tinha sido marcada para os dias 09 e 10 de Janeiro, mas foi suspensa temporariamente para se proceder à reparação de um aspecto que suscitou dúvida jurídica, conforme tinha explicado Gilberto Lima.
Na altura sugeriu um encontro com a Câmara Municipal da Praia, caso contrário os trabalhadores marcariam uma nova manifestação para os dias 18 e 19 do corrente.
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