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Santiago Sul: PAICV acusa executivo de discriminar câmaras da oposição e de “fracasso” na governação
Política

Santiago Sul: PAICV acusa executivo de discriminar câmaras da oposição e de “fracasso” na governação

A Comissão Política Regional do PAICV de Santiago Sul (CPRSS) considerou hoje “fracasso” a governação do MpD quanto a realização de projectos de desenvolvimento regional e acusou o executivo de discriminar as câmaras do PAICV na região.

“Santiago Sul é um exemplo do fracasso governamental do MpD na realização de um projecto integrado de desenvolvimento regional, daí que manteremos firmes em confrontar o governo com a sua incapacidade e incompetência para com a região”, disse o presidente da comissão política regional do PAICV de Santiago Sul, em declarações à Inforpress.

Carlos Tavares, que falava das orientações saídas da assembleia regional do PAICV, realizada sábado, sob o lema “Confiar no futuro”.

Perante estas constatações, Carlos Tavares referindo-se ainda ao facto de o contrato-programa no âmbito do programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidade (PRRA), de 250 mil contos, não ter sido transferido a câmara da Praia, salientou que a Comissão Regional pediu as câmaras do PAICV em Santiago Sul que sejam inovadores na mobilização dos recursos e parcerias para ajudar as famílias no acesso à habitação, saneamento e outros.

Ainda quanto à acção do Governo, a CPRSS, que debruçou-se sobre a situação política regional, acusou o executivo, que na sua optica deveria olhar mais para a região com investimentos estruturantes, de aumentar o seu elenco governamental, sobrecarregando o cofre do Estado, no mínimo, com um peso de 400 milhões de escudos por ano.

“Nos entendemos a crise económica e social, mas o Governo ao tomar estas medidas mostrou uma grande contradição a nível ético e moral. Nós gostaríamos de ver para Santiago Sul o novo hospital, o novo centro de saúde em Ribeira Grande de Santiago, melhores acessos a São Domingos, mais habitação, polos de negócio e parque de indústrias ligeiras, portos e estaleiros de pesca, escola marítima e muitas outras promessas não realizadas e que demonstram um grande descaso em relação a Santiago Sul”, disse.

A nível do partido, realçou que a comissão política imprimiu dinâmica e conseguiu, face à situação encontrada em 2017, fortalecer o partido.

Como exemplo do fortalecimento do partido, apontou os resultados das eleições municipais e legislativas em que o PAICV ganhou todas as câmaras da região e aumentou o ‘score’ a nível legislativo.

Apesar disso, Carlos Tavares referiu-se a existência de muitos desafios a superar a nível regional e que, segundo ele, exigirão mais e melhor organização, melhor funcionamento das estruturas, sobretudo, junto dos sectores e das bases.

Por isso, a questão da renovação, do empoderamento das estruturas e membros, o reforço da articulação e cooperação com eleitos locais e nacionais, ser voz activa na defesa da causa da região e materialização de política de proximidade e o programa de governação foram, entre outras, orientações e pilares fundamentais a ter em conta, segundo Carlos Tavares, na acção política partidária.

“Uma das orientações saídas da assembleia é a realização da primeira convenção autarca regional, em Outubro ou Novembro, para debater a fundo questões das câmaras do PAICV e governação local, um ano de mandato”, finalizou.

Para além destas análises, a CPRSS do PAICV elegeu novos órgãos da mesa de Assembleia Regional que será presidido por Bertalino Moreira, e terá como vice-presidente Inês Gonçalves e como secretária Francisca Lopes. Foram também eleitos novos membros do secretariado regional.

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