Santiago Norte: PAICV pede aos cabo-verdianos para darem “cartão vermelho” ao MpD nas próximas eleições
Política

Santiago Norte: PAICV pede aos cabo-verdianos para darem “cartão vermelho” ao MpD nas próximas eleições

A Comissão Política Regional (CPR) do PAICV em Santiago Norte, pediu este domingo, 5, aos cabo-verdianos para darem “cartão vermelho” ao MpD nas próximas eleições.

Em conferência de imprensa em Assomada, a presidente da CPR de Santiago Norte, Carla Carvalho, indicou que os conselheiros do PAICV da região norte da ilha estiveram reunidos a analisar o Orçamento do Estado para o ano económico 2024 (OE’2024), e constataram que o Governo “não possui solução para os cabo-verdianos”, mais em concreto para a região Santiago Norte.

“Pedimos aos cabo-verdianos para que no próximo ano, sendo o ano de eleições [autárquicas], para darem ao MpD um cartão vermelho”, solicitou, justificando que os cabo-verdianos e as pessoas de Santiago Norte “não vivem apenas no tempo das eleições”, mas sim, vivem todos os anos, e que as pessoas necessitam de emprego para sustentarem as suas famílias e criar os seus filhos.

“Quando analisamos os projectos, vimos que desde 2016 as grandes promessas feitas para a região não se cumpriu nenhuma, e faltam mais dois orçamentos para fechar a legislatura 2021/2026 e ainda não há nada de concreto que leva a criação de emprego para as famílias no sentido de ter um rendimento e uma vida com dignidade”, revelou esta dirigente, referindo-se à Santiago Norte.

Segundo Carla Carvalho, as promessas feitas no sector de pesca, nomeadamente, arrastadouros para a região, cais em Ribeira da Barca, um porto comercial para Santa Cruz e um porto marina em Tarrafal “até ainda não se concretizaram e nem se encontram espelhadas no OE’2024”.

Igualmente, evidenciou que quando se analisa o sector da agricultura, que é o sector primário e a base da região, não se verificam “grandes investimentos”, sublinhando que sobre a questão da mobilização da água o Governo tinha comprometido apostar na dessalinização da água, mas que até então “nada em concreto foi feito”, reforçando que “não há nada que permite o agricultor e os empresários da área terem rendimento e assim apoiar no desenvolvimento da região”.

“É um Governo que tem falhado com a região e quando vemos as políticas sociais e de rendimento, vemos que o Governo do MpD aposta em anos de eleições para trazer algumas medidas que para o PAICV são medidas de compra de votos, ou para tentar condicionar a liberdade e a consciência das pessoas”, acusou, exemplificando com o pagamento de contas de água e electricidade e oferta às pessoas de mil ou cinco mil escudos mensais.

Carla Carvalho considerou ainda que a CPR do PAICV na região se encontra “triste e pensativa”, pois é “um Governo que foi escolhido pelos cabo-verdianos, mas que está a ignorar e é completamente omisso quando tem a ver com políticas que levam de facto ao desenvolvimento”.

Quanto à região em si, acusa o Governo de continuar a deixá-la “esquecida” e com pessoas que continuam “sem solução”.

“Uma região constituída por seis municípios, e que neste momento o MpD é Governo local em quatro, mas nem mesmo para os seus municípios não há nada que leva ao desenvolvimento, para não falar dos municípios que são governados localmente pelo PAICV, e que o Governo tem vindo a tentar bloquear os trabalhos da autarquia local, principalmente em Tarrafal de Santiago”, finalizou.

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