O secretário-geral da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV), Fernando Jorge Borges, defendeu esta terça-feira, na Cidade da Praia, que a regionalização poderá contribuir para a melhoria da felicidade ao nível das regiões e dos municípios.
Fernando Jorge Borges falava à Inforpress à margem de uma acção de formação sobre “Gestão Baseada em Resultado (GBR))” organizada pela ANMCV, destinada aos seus técnicos do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) e aos técnicos dos Gabinetes Técnicos Municipais e Intermunicipais (GTI/GATI) de Cabo Verde, no âmbito do projecto CSO-LA-2016/374-886 “Construindo cidades seguras e sustentáveis – Um desafio às autoridades locais com envolvimento de todo e de cada um”, que acontece de hoje até o próximo dia 29 na Cidade da Praia.
“Acho que a regionalização pode contribuir para a melhoria da felicidade ao nível das regiões e dos municípios”, frisou Fernando Jorge Borges, defendendo que é necessário, sobretudo, haver “políticas assertivas” por forma a evitar os desequilíbrios macroeconómicos que existem ainda ao nível nacional.
Aquela fonte disse ainda que é preciso criar as “condições de base” para que todos os municípios tenham a possibilidade de, em certa medida, ajudar o seu residente a sentir-se bem em casa, como todos os serviços necessários para que cada um tenha aquilo que merece lá onde reside.
Em relação à acção de formação sobre “Gestão Baseada”, Fernando Jorge Borges explicou que o mesmo acontece no âmbito de um projecto montado pela ANMCV há mais ou menos dois anos precisamente para, conjuntamente, a nível nacional, haja a consciencialização da boa gestão dos recursos nacionais.
“Hoje nós temos uma pressão enorme ao nível das cidades. As cidades vêm sendo geridas, muitas vezes, de uma forma tanto ou quanto precipitada, sem a devida planificação, com as consequências que nós estamos a ver”, prosseguiu aquele responsável se referindo aos grandes centros urbanos, como a cidade da Praia e os municípios turísticos, que é o caso da Boa Vista e do Sal.
Dada a situação socioeconómica e, também, tendo em consideração o fenómeno turístico, frisou Fernando Jorge Borges que se tem registado uma deslocação massiva das pessoas de um município ou de uma ilha à outra, em busca de melhores dias.
“E, claro, é um fenómeno que vai, de certa medida, pressionar a gestão a nível autárquico”, afirmou a mesma fonte, avançando que se pretende incutir, sobretudo nos gestores públicos municipais, a consciencialização de que para se fazer uma boa gestão há que, obrigatoriamente, “pensar fortemente” na questão da vertente planificação.
Ou seja, planificar o hoje e o amanhã de forma a ter os instrumentos de gestão prontos para se poder, em certa medida, acautelar esses fenómenos que, segundo defendeu, são circunstanciais. A mesma fonte citando o caso de ocupação indevida do solo, por exemplo. “É um fenómeno que, na verdade, tem estado a criar uma série de constrangimentos em termos, digamos, de gestão a nível municipal”, finalizou.
Com Inforpress
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