O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou esta semana “positivas” as políticas macroeconómicas implementadas pelo Governo e sublinhou que o país está a crescer desde 2017 e deverá crescer nos próximos quatro anos.
A constatação foi feita pela chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Malangu, Kabediy Mbuyi, durante uma conferência de imprensa para fazer o balanço de mais uma missão em Cabo Verde, que vinha decorrendo desde o 11 deste mês.
A missão, que esteve em Cabo Verde durante duas semanas, elogiou os esforços que o Governo tem feito a nível da estabilidade financeira, do crescimento económico e fiscal, tendo assegurado que a economia cabo-verdiana está a crescer desde 2017 e que a perspectiva é que continue a crescer nos próximos quatro anos.
De acordo com Malangu, Kabediy Mbuyi, o Governo deve continuar a implementar reformas que promovam o sector privado, a criação de emprego, redução a desigualdade social e deve apostar em medidas que contribuam para a arrecadação de mais impostos e redução das despesas públicas.
A missão concluiu ainda que os indicadores de estabilidade financeira melhoraram, as exportações estão a crescer e o défice orçamental está a diminuir e considerou que a privatização da Cabo Verde Airlines (TACV) foi uma medida acertada do Governo, que irá contribuir para a estabilidade e crescimento económico do país.
Por seu turno, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, destacou os ganhos alcançados pelo país a nível do crescimento económico, fiscal, monetário, da balança dos pagamentos, dados esses que, no seu entender, indicam que o quadro macroeconómico e fiscal é “muito positivo”.
Reconheceu, no entanto, o país tem ainda vários desafios a vencer e que passam por reformas a nível do sector dos transportes aéreos, marítimo, energia, gestão portuária e aeroportuária, realçando que o Governo tem uma agenda muito forte e determinada para aumentar o potencial de crescimento da economia cabo-verdiana.
O governante assegurou que Cabo Verde precisa do apoio do FMI a nível da concessão das políticas e das reformas por forma o país aumentar o seu potencial de crescimento, e que esse crescimento seja inclusivo e abrange todas as ilhas.
Segundo Olavo Correia, Cabo Verde tem estado as construir um diálogo político nos últimos anos com o FMI, e quer que essa relação seja estreitada e reforçada tendo em conta a ambição do Governo para os próximos anos em matéria de reforma nos sectores dos transportes marítimos aéreos, aeroportos e energia, mas também na melhoria do ambiente de negócios, sobretudo no acesso a financiamento para as micro e pequenas empresas.
“Este é o nosso compromisso e este apoio do FMI ao nível das políticas será um apoio muito importante para melhorarmos ainda mais a nossa performance quer em matéria macroeconómica com também em matéria de crescimento da economia cabo-verdiana porque a nossa ambição não é crescer 5% mais sim 7%”, considerou o ministro que assegurou que o país está “num bom caminho”, mas precisa acelerar a dinâmica de reformas.
Com Inforpress
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