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Praia: Vereadores do MpD acusam presidente da câmara de “ataques gratuitos”
Política

Praia: Vereadores do MpD acusam presidente da câmara de “ataques gratuitos”

Os vereadores do Movimento para a Democracia (MpD) na Câmara Municipal da Praia acusaram hoje o edil praiense de “ataques gratuitos” em comunicados postados na página oficial da autarquia culpabilizando-os por não estar a governar.

“Quatro vereadores do MpD [oposição camarária] não podem em lógica matemática, nenhuma, bloquear uma câmara que é governada por cinco vereadores do PAICV”, disse em conferência de imprensa a porta-voz do grupo, Ednalva Cardoso.

Segundo Ednalva Cardoso, desta feita os vereadores do MpD da câmara da Praia resolveram trazer a “praça pública” a questão dos bombeiros municipais, tendo na ocasião referido que na última reunião, realizada 60 dias sem se reunir a câmara por o presidente ter estado a resolver os seus interesses pessoais, um dos pontos agendados foi a aprovação da proposta que regulariza a progressão e promoção dos agentes de bombeiros da Praia de 2010 a 2018.

“Antes de mais nada, sem qualquer enquadramento, a primeira pergunta de Francisco Carvalho foi: Quem vota contra? (…) Cinco dos quatro vereadores presentes solicitaram informações antes da aprovação … já que no orçamento da câmara a nível de progressões foi orçado zero escudo”, acrescentou, sublinhando que Francisco Carvalho tem de parar de “mentir descaradamente” à população da Praia e aos bombeiros.

Ainda segundo a deputada do MpD, na mesma reunião, Francisco Carvalho recorre a “voto de qualidade”, apesar de cinco votos contra, para aprovar, com o seu voto, o processo de legalização de uma sede do PAICV em Lém Ferreira.

Neste processo, os vereadores do MpD questionam o porquê da não utilização do mesmo figurino de voto para aprovar a progressão dos bombeiros e alertam ao presidente da câmara que estão a seguir com a “devida atenção” o desfecho do processo.

Confrontados com a nova modalidade de voto, os vereadores do MpD afirmam estar atentos a “artimanhas” que podem surgir, “tudo em prol do bem-estar da Praia”, que alegam merecer mais.

“O culpado é Francisco Carvalho. Faltando capacidade governativa, capacidade de diálogo e inteligência emocional”, disse, alertando a presidente da Assembleia Municipal pelas deliberações que se está a preparar, que não passou na reunião da câmara e nem foi aprovado, para aprovação neste órgão da Câmara Municipal como tem sido prática.

Questionado sobre a periodicidade que a câmara municipal deveria reunir, Ednalva Cardoso adiantou que a instituição camarária deve reunir-se quinzenalmente de acordo com o nº1 do artigo 91º do Estatuto dos Municípios.

Ednalva Cardoso na sua declaração, questionou ainda o presidente da câmara sobre as suas viagens, afirmando que em 2021 as despesas com a mesma foram de 3.634.248 de escudos CVE, um aumento de 2.670.232 de escudos em relação ao ano de 2020.

“Na verdade, é que apesar da retórica de uma câmara endividada e da necessidade de poupança e contenção, por causa da situação difícil que se vive, Francisco Carvalho abriu o cordão da bolsa do município e viajou com uma comitiva de seis pessoas”, ressaltou.

Para concluir, os vereadores do MpD interpelaram sobre a assinatura de um segundo memorando, apesar da existência de um outro do tempo do MpD, com os bombeiros em que o presidente da câmara actual compromete-se em 2022 actulizar subsídio de risco, passando dos 8 para 15%, pagar os retroactivos referente à progressão, entre outros; se o orçamento da câmara contempla zero escudo para estes casos.

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