PR defende cortes nas despesas supérfluas para ajudar as famílias em situação de dificuldades
Política

PR defende cortes nas despesas supérfluas para ajudar as famílias em situação de dificuldades

O Presidente da República, José Maria Neves, defendeu esta quarta-feira, 9, a necessidade de se fazer poupanças e cortes nas despesas supérfluas para canalizar os recursos para os programas sociais e ajudar as famílias em situação de dificuldades.

O Chefe de Estado, que falava aos jornalistas na sequência da visita que realizou na tarde de hoje às instituições das Forças Armadas (FA), admitiu a existência de alguma situação de subnutrição no país, salientando, contudo, que não há fome em Cabo Verde.

“Eu acho que não há fome generalizada aqui no país. Em Cabo Verde há subnutrição. Esta pandemia levou ao aumento da pobreza, ao aprofundamento das desigualdades e há situações difíceis de famílias que não conseguem levar a panela ao lume três vezes ao dia”, disse o Presidente da República, citado pela Rádio de Cabo Verde.

“Temos todos de estar conscientes dessas dificuldades. Precisamente, por isso, temos de poupar lá onde é necessário, reduzir as despesas supérfluas e canalizar esses recursos para programas sociais que possam neste período de transição apoiar as famílias, as comunidades onde há mais dificuldades”, afirmou, quando foi instado a comentar as notícias que apontam para existência da fome no arquipélago.

No período da tarde, dando seguimento à visita iniciada na manhã de hoje às FA de Cabo Verde, José Maria Neves esteve no Centro Operacional de Segurança Marítima (COSMAR), na Fundação Social e no quartel Jaime Mota, tendo avaliado de forma positiva o trabalho dessas instituições, apesar dos parcos recursos.

“Com parcos recursos têm conseguido garantir o funcionamento destas instituições. Pudemos encontrar uma instituição muito forte, muito comprometida com o país, desde garantir a defesa militar do país, mas também fazer face às mudanças climáticas, garantir a proteção civil, combater o narcotráfico e apoiar na segurança interna”, apontou.

Entretanto, reiterou a necessidade de se reforçar globalmente os recursos da instituição castrense, sobretudo em relação a determinados programas, como o programa soldado cidadão que, defendeu, precisa cobrir o leque maior de beneficiários.

“Precisamos melhorar alguns sectores com mais meios e mais equipamentos, designadamente da formação militar, a oficina das forças Armadas”, acrescentou.

A visita prossegue esta quinta-feira com a deslocação à 2ª região militar, da ilha do Sal.

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