O Partido Popular (PP, oposição) analisou hoje na sua reunião quinzenal a situação política do País e manifestou-se preocupado com o endividamento público, que “já atingiu os 142% do PIB”, e com as vacinas de AstraZeneca.
Em declarações à imprensa no final da reunião, o porta-voz do PP, Benvindo Marques, realçou que o partido está “muito” preocupado com esta questão do endividamento que vai “hipotecar a geração futura”, quando o Governo poderia “reduzir e libertar” verbas através de outras medidas.
Segundo Benvindo Marques, o partido nesta reunião quinzenal debateu também a questão referente aos salários dos presidentes de conselhos de administração, que classificou de “uma aberração num País como Cabo Verde” existirem pessoas que ganham à volta de 500 contos mensais, assim como reformados a usufruírem de pensão de 200 mil escudos e que “não pagam imposto”.
“Nós analisamos ainda a questão das vacinas, no caso da AstraZeneca, e manifestamo-nos preocupados, pois, nove países já suspenderam a aplicação da vacina”, referiu, afirmando que o PP é de opinião que o Governo deveria repensar a aplicação da vacina até haver evidência científica sobre os efeitos colaterais da mesma.
Quanto às vacinas, indica ainda que o PP condena a forma como elas vem sendo utilizadas, que se tem mostrado confuso quando é Estado e/ou partido.
Um outro assunto debatido durante a reunião desta semana, segundo aquele porta-voz, foi a questão dos terrenos na Boa Vista, em que 5 mil metros quadrados de terreno em São Vicente foram trocados por 54 mil metros quadrados na Boa Vista, “sem respeito pela ilha e pelo poder local”.
“Isto é um abuso claro do poder. Mas sabemos que o Procurador-geral da República não vai intervir, já que é amigo do poder, pelo que nós propomos que esta figura seja eleita juntamente com o Presidente da República, através de critérios próprios e financiamento público no âmbito da campanha”, concluiu.
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