A proposta teve 36 votos abstenção do MpD e 25 a favor, sendo 22 do PAICV e três da UCID, pelo que não passou no debate de ontem, 28, no Plenário.
Na declaração do voto, o líder da bancada do PAICV considerou que se tratava de uma proposta “muito simples”, porque com a isenção do IVA os agricultores iriam ter benefícios na compra de água para rega, principalmente depois de três anos de seca e agravadas com a crise da pandemia.
Por isso, Rui Semedo defendeu a introdução de um incentivo “especial à agricultura para aliviar os esforços dos camponeses, considerando que é uma “obrigação” do Estado de Cabo Verde dar um incentivo aos agricultores.
“Nossa proposta era no sentido de aliviar o esforço dos camponeses, de forma a terem mais resultados nos seus esforços na agricultura”, justificou.
Quanto à segunda proposta, defendeu que o Estado, no quadro do Orçamento Rectificativo, devia “dar um sinal” para diminuir os esforços desses proprietários no que tange ao pagamento de impostos.
Por sua vez, o deputado do MpD, Armindo Luz, disse que a sua bancada votou abstenção porque já existe um programa para apoiar que agricultores que passam por dificuldades a nível do acesso à água, “sobretudo aqueles que produzem para auto-suficiência”.
“Estamos a incentivar a produção de água a um baixo custo, assim como direitos aduaneiros na importação de painéis fotovoltaicos para a produção de electricidade com base na energia solar “, lembrou.
Já o deputado António Monteiro, da UCID, na sua declaração de voto disse que proposta para a isenção do IVA na água para agricultura seria “justa, correcta e objectiva”, uma vez que com a água mais barata haveria mais investimentos neste sector.
“Essa proposta foi rejeitada num momento em que os agricultores mais precisam”, conclui o também líder dos democratas-cristãos.
Com Inforpress
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