PAICV acusa Governo de “descaso” para com Santiago Sul
Política

PAICV acusa Governo de “descaso” para com Santiago Sul

O PAICV considerou esta quinta-feira, 30, que o estado social e económico da região de Santiago Sul “não é bom”, devido a falta de políticas, sobretudo infra-estruturais, para o desenvolvimento e acusa o Governo de descaso para com a região.

Esta inquietação foi manifestada em conferência de imprensa pelo vice-presidente da Comissão Política Regional de Santiago Sul do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV)), considerando que só uma mudança do governo central e local e de políticas poderá garantir “dias melhores” para a região e suas gentes.

Manuel Brito destacou a necessidade de colocar Santiago Sul na “rota do desenvolvimento”, de forma a aproveitar as suas potencialidades, sublinhando que “o desenvolvimento de Cabo Verde passa, necessariamente, pelo desenvolvimento desta importante região de Santiago Sul”.

Adiantou que já fim do seu mandato para esta legislatura, o actual Governo não cumpriu com nenhum dos compromissos assumidos em 2016” e apontou como exemplo a duplicação da taxa de desemprego nos municípios de São Domingos e da Ribeira Grande e com a Praia a aumentar a precariedade laboral.

“Os jovens de Santiago Sul estão desiludidos com o Governo e as câmaras da região”, apontou Brito, asseverando que “a nível das infra-estruturas o executivo falhou o compromisso de ampliar a ampliação do aeroporto Nelson Mandela, com a construção do hospital regional da Praia, do aeródromo de Protecção Civil e das Marinas e Portos de Recreio.

A via rápida Praia Tarrafal, as estradas de acesso em toda a região, rodovia asfaltada de Nazaré até Praia Baixo, no município de São Domingos (Ribeirão Chiqueiro a Fontes Almeida), a rede sanitária de primeiro nível e salas de espectáculos e eventos afiguram-se como outras promessas que para o PAICV ficaram por cumprir.

O responsável do maior partido da oposição por Santiago Sul disse, a este propósito, que o “Governo não deu atenção às áreas fundamentais para o desenvolvimento regional, como o mar, as pescas, a agricultura e o agro-negócio e não há uma estratégia industrial a nível regional”.

O fornecimento de água na região, elucidou, teve um retrocesso, dificultando uma “vivência digna”, agravado com “os problemas nos serviços de saúde no hospital central da Praia, tendencialmente a dificultar a vida dos utentes, com degradação no atendimento e cobrança de taxas e de pagamentos, não poupando nem os carenciados”.

“O transporte aéreo piorou, afectando negativamente a população da região”, aclarou Manuel Brito, sublinhando que “a TACV doméstica foi desmantelada e o Governo decidiu retirar a maioria dos voos da TACV para o estrangeiro a partir da Praia, uma medida que não serve a população de Santiago Sul”.

Realçou que a região de Santiago Sul vem sendo confrontado com fenómenos de criminalidade cada vez mais complexos e hediondos, aumentando o sentimento de insegurança da população, para além de actos de criminalidade nos bairros, sobretudo na Praia, tirando a “paz e tranquilidade a população”.

Com Inforpress

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