A Comissão Política Regional de Santiago Sul (CPRSS) do PAICV prometeu hoje continuar a actuar para que as espectativas depositadas, pelos praienses, no projecto “Praia para Todos” e na actual equipa camarária não fiquem “defraudadas”.
Essa decisão, segundo nota de imprensa, saiu da primeira reunião ordinária da CPRSS que aconteceu esta terça-feira, 06, onde, além da situação política do país e da região, a comissão se debruçou sobre os problemas que afectam a Câmara Municipal da Praia.
“A CPRSS do PAICV apela a todos os praienses a manterem-se serenos e confiantes e a continuarem a confiar no projecto ‘Praia para Todos’ que, em menos de um ano de mandato, tem mudado a vida de centenas de famílias contribuindo, de forma ‘sui generis’, para o aumento dos seus rendimentos”, lê-se na nota de imprensa, em que o apelo ao diálogo e à construção de entendimentos e consensos é recomendado.
Na sua comunicação a CPRSS realça que tem estado “fortemente” engajada em mediar as partes, no sentido de se encontrar saídas capazes de satisfazer os envolvidos, em consonância com os “ensinamentos de Cabral” e pela “prevalência dos superiores interesses do Município e dos munícipes”.
“É que perante o ‘status quo’ reinante a CPRSS entende que o PAICV é um património político nacional, que se orgulha do seu percurso e legado, em que sempre lhe foi confiado a tarefa de governação pública, alavancou o seu trabalho com responsabilidade, justiça, sensibilidade social e transparência, colocando os superiores interesses do povo em primeiro lugar”, salientou.
Por outro lado, lembra que no espaço da esquerda democrática, o PAICV assume as tradições humanistas, o diálogo, a liberdade de crítica e de opinião, pautada pela exigência de uma ética de responsabilidade.
Neste âmbito, a CPRSS diz acreditar que para ultrapassar tal diferendo há que canalizar todas as sinergias no sentido de fazer prevalecer a ética da responsabilidade e a paz institucional, condição ‘sine qua non’, para o prosseguimento das medidas assertivas implementadas, até agora, pela autarquia e que têm merecido os aplausos dos munícipes.
A nota de imprensa indica que, na reunião desta terça-feira, a CPRSS abordou, ainda, outras questões como “a elevada dívida pública, a forma atabalhoada como os transportes vem sendo tratado, o recrudescimento do fenómeno da criminalidade, a precariedade laboral, a falta da água e ausência de investimentos estruturantes no sector da pesca”.
Seis dos nove vereadores da Câmara Municipal da Praia deliberaram terça-feira anular o despacho presidencial que retira as funções a tempo inteiro e a consequente desprofissionalização dos vereadores Samilo Moreira e Chissana Magalhães.
A decisão tomada em sessão extraordinária, sem a presença do presidente da câmara, Francisco Carvalho, surge após este ter acusado os vereadores do PAICV Samilo Moreira e Chissana Magalhães de “tentativa de perturbar o normal funcionamento da autarquia” e a consequente desprofissionalização dos dois autarcas.
Nessa reunião, o colectivo decidiu ainda apoiar a decisão dos vereadores Chissana Magalhães e Samilo Moreira de apresentar queixa-crime contra Francisco Carvalho, sobre as acusações de corrupção e queixa também à Comissão Nacional de Protecção de Dados pela instalação “abusiva e ilegal” de aparelhos de georreferenciação nas viaturas da autarquia a eles atribuídos.
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