O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande (CMRG), Orlando Delgado disse hoje, na Ponta do Sol, que discordou do formato da instalação do polo da Universidade Técnica do Atlântico (UTA) em Santo Antão.
O edil ribeira-grandense fez estas declarações ao responder a um eleito municipal da bancada do MpD no período antes da ordem-do-dia da sessão extraordinária da Assembleia Municipal da Ribeira Grande, sobre o formato que foi conduzido o processo e desfecho da distribuição do polo da UTA para os três concelhos da ilha.
“Ter uma universidade dividido para os três concelhos vai ter, com certeza, problemas em termos de funcionamento. A UTA fez esta selecção e acabaram por apresentar esta solução que, a meu ver, terá alguma dificuldade e um custo adicional que não faz sentido”, enfatizou.
Orlando Delgado acentuou que foi a UTA quem “decidiu”, mas ele tem o “direito de discordar” porque, no seu entender, se houvesse um “critério objectivo” na escolha do local para a instalação da universidade, o Centro Agrícola de Afonso Martinho tem as “melhores condições”.
Entretanto, o autarca salientou que “não houve disputa” entre os municípios em relação ao local onde seria instalado o polo universitário.
“Sempre disse que o mais importante é Santo Antão independentemente de onde ficar desde que sirva a ilha”, clarificou.
No início do mês de Junho foi anunciado que o Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Agrárias, de Santo Antão (ISCTA-SA), teria sede administrativa na cidade do Porto Novo.
O reitor, João do Monte Durante reiterou o propósito da UTA em abrir este instituto, em Outubro. A certificação pela Agência de Regulação do Ensino Superior (ARES) está a depender da criação das condições logísticas e de infra-estruturas para o funcionamento deste pólo.
“Para isso, é preciso demonstrar à ARES que estão disponíveis as condições logísticas e infra-estruturais que permitam o funcionamento dos cursos com a qualidade necessária”, explicou o reitor.
Em relação a espaços para o funcionamento da componente lectiva “está em processo de análise” uma infra-estrutura que será cedida pelo Ministério da Educação, explicou o reitor, que informou que a nível de campos experimentais foram já identificados a Quinta São João Baptista (Porto Novo) e o Centro Agrícola de Afonso Martinho (Ribeira Grande).
Outro passo que está a ser dado com vista à efectiva instalação deste instituto em Santo Antão tem a ver com a acreditação do ciclo de estudos para o ano lectivo 2022/2023, processo que está em andamento, tendo sido informado à ARES a decisão de oferecer, inicialmente, duas licenciaturas (agronomia e zootecnia).
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