A direção nacional do MpD decidiu hoje antecipar para o último trimestre deste ano a convenção do partido, por forma a legitimar a liderança antes das eleições de 2026.
“Vai-se antecipar a convenção que deveria ser feita em maio do próximo ano, atendendo a que se trata de um ano eleitoral, vamos criar condições para que seja feita no último trimestre deste ano”, referiu Orlando Delgado, porta-voz do encontro do órgão que decorre na capital cabo-verdiana, Praia.
Orlando Delgado referiu que, durante a reunião de hoje, houve uma convergência em redor do presidente do partido e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, esperando que a convenção sirva para legitimar o líder como “candidato para as eleições [legislativas] em 2026 e também criar espaço para aqueles que dentro do partido possam querer apresentar as suas candidaturas”.
“Estamos a cumprir aquilo que são os nossos estatutos: fazer eleições com regularidade e antecipando aquilo que era previsto para 2026”, salientou.
“Há militantes que solicitaram que se deveria avançar de imediato para uma convenção extraordinária”, após a derrota do MpD nas eleições autárquicas de dezembro, mas “ficou expresso por todos os conselheiros que não vai haver convenção extraordinária, mas antecipar-se” a reunião magna prevista para 2026.
A direção nacional do partido junta 61 membros efetivos e Orlando Delgado diz que, entre os muitos encontros a que já assistiu, “é a primeira reunião em que não há uma voz dissonante em relação àquilo que é a convergência”, um “apoio expresso e esmagador de todos os conselheiros ao líder, Ulisses Correia e Silva, para as próximas eleições”.
Durante os trabalhos, que se vão prolongar durante a noite, falou-se de uma eventual remodelação governamental depois da derrota eleitoral nas autárquicas de dezembro, acrescentou Orlando Delgado, dizendo que “todos os conselheiros são da opinião que é uma competência do primeiro-ministro que, em sede própria, deverá analisar essa possibilidade e, se entender que uma ou outra área deve ser reforçada, então avançar com o processo de remodelação”.
Mas “isso não foi exigido ao primeiro-ministro”, acrescentou.
Nas eleições autárquicas de 01 de dezembro de 2024, o PAICV conseguiu inverter o mapa autárquico do arquipélago, conquistando 15 municípios, numa vitória histórica, enquanto o MpD ficou reduzido a sete câmaras municipais.
Entretanto, o PAICV já definiu que o novo presidente do partido será eleito em 30 de março, através de eleições diretas que também determinarão os 318 delegados ao congresso.
Cabo Verde tem eleições legislativas e presidenciais na agenda de 2026.
Comentários
Terra, 12 de Jan de 2025
Atioria da realidade do MPD são as coisas que eles sabe muito bem mas nesse momento esta complicado?
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Casimiro centeio, 12 de Jan de 2025
De nada serve mudar os pneus de um carro, quando anda mal, se a culpa é do condutor! Ou por outras metáforas: com as flores de plástico não se pode fazer o deserto florescer.
Não entenderam ainda que a causa da vossa derrota é o General, não os soldados ?
É pois, não há causa sem efeito ou vice-versa !!!
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