A ministra da Justiça reforçou hoje a posição do Governo em dar combate sem tréguas à entrada das drogas nos estabelecimentos prisionais do país, de forma que a sociedade cabo-verdiana tenha uma paz social privilegiada com menos criminalidade.
Joana Rosa falava à imprensa durante a realização das “Actividades de Natal na cadeia Central da Praia”, em São Martinho, onde admitiu que a entrada de drogas ilícitos na cadeia continua a afigurar-se como a primeira grande preocupação, assim como a criação de melhores condições nos estabelecimentos prisionais.
Por esta razão, disse que se está “a trabalhar, primeiramente, para o reforço da segurança à entrada, depois no reforço da segurança à parte física do estabelecimento prisional”, mediante a colocação de mais postos de energia, criação uma zona tampão para evitar a introdução de drogas via lançamento através dos muros.
Enalteceu o apoio indispensável da própria Polícia Judiciária, de forma a impedir a entrada dos ilícitos nos estabelecimentos prisionais”.
A governante avançou, igualmente, para breve a implementação das obras de requalificação das cadeias civis, de modo que cada cela possa ter um sanitário, bem como a implementação do projecto “Reclusos a Trabalhar”, iniciativa que permita ao enclausurado trabalhar e, regime semi-aberto, de modo que a produção sirva não só para o estabelecimento prisional, assim como para os reclusos e respectiva família.
Considerando que se tem “trabalhado e muito nos últimos tempos em todos os estabelecimentos prisionais”, Joana Rosa apontou ganhos como o aumento do número de técnicos sociais, o desenvolvimento do sistema de informação prisional “com várias valências e com vantagens enormes para o monitoramento e a gestão do estabelecimento prisional”.
“Nós instalamos videoconferência em todos os estabelecimentos prisionais, em todas as comarcas. Isto vai possibilitar a audição dos reclusos à distância, estando sempre acompanhado do advogado”, garantiu a ministra da Justiça, acrescentando que os estabelecimentos prisionais ganharam com a melhoria na alimentação, por entender que apesar da cadeia não ser hotel, a dignidade humana terá se ser preservada.
Realçou ainda que os reclusos já dispõem de gabinete médico psiquiátrico para dar acompanhamento àqueles que necessitem de tratamentos especializados, enquanto a Unidade Livre de Droga faz o acompanhamento a todos os reclusos usuários de droga, numa prática onde a camada jovem ocupa uma percentagem significativa como usuária.
“Estamos a contribuir para que estes reclusos, cumprindo a pena, possam sair em liberdade preparada para o convívio estar no meio familiar e da comunidade, visando a sua reincidência” revelou Joana Rosa, um tanto ou quanto optimista com a “redução muito significativa da reincidência criminal”, pelos dados que diz ter o Governo.
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