Deputado José Sanches acusa Governo de abandonar Santiago Norte
Política

Deputado José Sanches acusa Governo de abandonar Santiago Norte

O deputado da Nação José Sanches, do PAICV, acusou o Governo esta manhã, no Parlamento, no período antes da ordem do dia, de nada ter feito nos seus cerca de três anos de mandato a favor de Santiago Norte, que continua sendo uma das regiões mais pobres de Cabo Verde.

Segundo José Sanches, o MpD, que agora é maioria no Parlamento e governa, tem o dever de respeitar os ‘compromissos’ feitos com a população dos seis concelhos de Santiago Norte “por forma a proporcionar-lhes a ‘pomposa’ felicidade prometida” durante a campanha eleitoral.

Santiago Norte, afirmou o deputado do PAICV, socorrendo-se de dados do INE, continua sendo “uma das regiões mais pobre de Cabo Verde”, onde há muitas desigualdades, dificuldades ainda na ligação entre várias localidades, famílias com dificuldades, muitos jovens desempregados e uma taxa de subemprego muito elevada, cerca de 33%, acima da média nacional, que é de 16%.

Por isso, afirmou Sanches, “a Região Norte da ilha de Santiago clama por atenção desta maioria”. E por estarmos a sair de um ano de seca e mau ano agrícola “nada mais prudente de que o governo acudir à população do mundo Rural e de Santiago Norte com a celeridade que a problemática exige”, frisou o deputado tambarina.

De acordo com José Sanches, “estamos no mês de Janeiro e não se nota nenhuma movimentação no terreno nem da parte do governo quanto mais das autoridades locais. O Pasto nas zonas altas é insuficiente, no litoral, praticamente não choveu, pelo que as dificuldades tanto para os homens como para os animais serão maiores”.

Ainda segundo o deputado do PAICV, há uma “necessidade urgente” de água tanto para consumo humano como para os animais. Por isso “apelamos ao governo no sentido de escutar a voz da população do campo”, disse o deputado Sanches.

Para José Sanches “é necessário pensar o quanto antes na subsidiação do milho e da ração em valores que na verdade possam fazer a diferença, mas também, é necessário criar emprego público o mais urgente possível e com salário justo que possa fazer face as dificuldades sentidas no campo”.

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