Conselheiros tambarinas vão discutir as reformas em curso como a Revisão Constitucional e do Código Eleitoral, a Regionalização, a Reforma do Parlamento e o Estatuto da Oposição Democrática Municipal. Pelo meio, um diagnóstico interno.
O Conselho Nacional do PAICV, órgão máximo entre Congressos reúne.se em sessão ordinária este fim de semana, 16 e 17, na Praia. Na agenda está a análise da situação politica nacional e discutir as linhas gerais de actuação do partido de modo a reforçar
Em conferência de imprensa, o secretário-geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) avançou esta manhã que o seu partido já tem os seus representantes para as Comissões Paritárias criadas e que o Conselho Nacional, enquanto órgão máximo entre congressos, irá analisar e pronunciar-se sobre questões da actualidade política no País.
Julião Varela disse que o PAICV está a terminar o processo de renovação dos órgãos a nível de estruturas intermédias e de base para reforçar a organização interna e acção política, enquanto uma das orientações do XV Congresso.
Considera, por outro lado, que Cabo Verde está a passar por “sinais preocupantes” quanto à sua situação política nacional, alegando que a o exercício da oposição está a ser “dificultada pela inviabilização de uma CPI de constituição obrigatória pelo Parlamento”, agravado com as recentes manifestações em São Vicente e São Nicolau e insegurança na Boa Vista e São Vicente.
Acusa o Governo de andar “ainda em campanha a fazer diagnósticos”, com o País a registar o “aumento do desemprego, aumento da dívida pública e diminuição de investimentos, de bolsas de estudos e no apoio ao pagamento de propinas”, quando, atesta, “proliferam despedimentos colectivos e aumento de desigualdades sociais”.
Julião Varela reconhece que o PAICV “passa por algumas perturbações internas”, sublinhando que estas situações vão ser analisadas em busca de uma correcção neste congresso por órgãos próprios na área de jurisdição, e que “seguramente haverá orientações concretas no sentido de se ultrapassar estes problemas”.
Isto por entender que “decisões e ataques individuais prejudicam qualquer organização” e que o PAICV entende o apelo pela união manifestado esta quinta-feira pelo ex-primeiro-ministro, José Maria Neves, como sendo útil uma vez que, os interesses do partido devem prevalecer em detrimento de problemas individuais”.
Ainda assim, Julião Varela considera que estas quezílias não vão enfraquecer o PAICV enquanto oposição democrática, mas admite que internamente estas questões terão de passar por processos disciplinares nestes órgãos para, de uma vez, resolver todas estas questões. “Lá onde existir alguma situação de conflito para ser dirimido, os Órgãos Jurisdicionais do Partido actuarão, com autonomia e respeitando os Estatutos do Partido”, disse.
Com Inforpress
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