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Chefe do Governo diz que combate à criminalidade “é para ganhar”
Política

Chefe do Governo diz que combate à criminalidade “é para ganhar”

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, garantiu hoje a continuação e reforço das operações especiais na cidade da Praia e disse que a luta contra a criminalidade na capital do país “é para ganhar”.

“Estamos cientes de que o combate à criminalidade é um combate para ganhar, nós precisamos de um país que seja tranquilo, precisamos ter segurança dos cidadãos e precisamos que a economia não seja afetada por má reputação por situação de insegurança”, afirmou o chefe do Governo.

No final de uma visita ao Centro de Comando da Polícia Nacional, e num momento em que se registam vários casos de crimes contra pessoas na cidade da Praia, Correia e Silva disse que o Governo continua fortemente empenhado na luta contra a criminalidade.

“Confiamos na nossa polícia nacional, confiamos nas nossas instituições e vamos dar-lhes todas as condições para que haja cada vez mais um bom desempenho”, prometeu, apelando a uma maior perceção social da importância das polícias e do seu trabalho.

“Uma perceção social também de não conivência com qualquer situação de criminalidade, seja ela pequena, grande ou mais grave”, vincou.

Para o chefe do Governo, o combate à criminalidade agrega várias valências e várias instituições e pediu “forte colaboração e coordenação” com Ministério Público para detenções fora de flagrante delito.

“As operações especiais irão continuar a irão ser reforçadas, para terem sustentabilidade, persistência e consistência lá onde há necessidade de desmontar situações onde aqueles que praticam crimes são conhecidos e sabe-se onde estão”, apontou.

Ulisses Correia e Silva pediu ainda responsabilidade individual, familiar e comunitária, considerando ser um “elemento importante” para prevenção criminal e para evitar que haja normalização de práticas de crimes.

Também pediu atuação do ponto de vista social, em crianças e jovens rapazes com insucesso e abandono escolar, para serem vistos não como vítimas da sociedade, mas como atores com responsabilidades.

“Garantir as condições para, em primeiro lugar, ter um bom enquadramento no sistema educativo, ter oportunidade de formação, de empreendedorismo, mas sobretudo terem a noção da responsabilidade individual e familiar”, afirmou Correia e Silva.

A grande preocupação é a circulação de armas e munições, com o primeiro-ministro a prometer uma intervenção mais forte, dotando todos os portos do país de scanners que permitem identificar vários tipos, por mais pequenas que sejam.

“Isto não pode ser permitido e vamos reforçar toda a ação relativamente a isto, quer a entrada, quer a permanência, quer ao uso de armas e munições para prática de crimes”, garantiu.

O primeiro-ministro disse também que a existência dos chamados “grupos rivais” na capital do país é uma afronta para as comunidades, para as famílias e para esses bairros, dizendo que deve ser fortemente combatido.

“É por isso que essas operações especiais vão nesse sentido, porque esses grupos são organizados e sabe-se onde estão, sabe-se como é que trabalham e o reforço da ação conjunta, policial e judicial, vai nos permitir aumentar cada vez mais a nossa ação”, frisou, sublinhando a forte ação do Governo na socialização dos condenados.

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