Câmara da Boa VIsta acusa Siacsa de estar a manipular os colaboradores para greve
Política

Câmara da Boa VIsta acusa Siacsa de estar a manipular os colaboradores para greve

A Câmara Municipal de Boa Vista acusou hoje o Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa) de estar a instigar os colaboradores da autarquia a partirem para à greve sem razões nenhumas.

Em resposta à denúncia do sindicato sobre a existência de “situações laborais graves” na ilha, feita na terça-feira, 10 de Setembro, hoje a vereadora Fabienne Oliveira disse, em conferência de imprensa, que as acusações feitas pelo presidente do Siacsa, Gilberto Lima, são infundadas.

A autarca disse aos jornalistas que a câmara municipal, desde o início do seu mandato, tem vindo a fazer um trabalho muito próximo dos seus colaboradores, e por isso discorda que existam “problemas sérios” no seio dos trabalhadores da autarquia.

Ao contrário, Fabienne Oliveira refere a actual equipa camarária encontrou “situações críticas” que a edilidade, com “esforço enorme”, vem resolvendo e dar resposta às preocupações dos colaboradores, sublinhando “que a gestão é um processo”.

Sobre as supostas dívidas do salário desde 2019, a vereadora disse que que não há “dívida nenhuma relativa ao ano 2019 com os colaboradores”, e que o salário de 2019 foi atualizado assim como pagaram os retroativos, pelo que a declaração do Siacsa não “corresponde à verdade”.

A mesma fonte afirmou também ser infundada a afirmação sobre a falta de subsídio de risco, já que todos os trabalhadores afectos ao saneamento, ao serviço de fiscalização e ao serviço de proteção civil têm a cobertura do subsídio de risco.

De acordo Fabienne Oliveira o mesmo vale para os equipamentos de proteção individual do pessoal de saneamento, indicando que nesta gestão foi feito um investimento “avultado” em equipamentos individuais, com contínua renovação dos estoques disponibilizados aos colaboradores da autarquia.

Relativo ao PCFR, a vereadora adiantou que, por ter sido um diploma aprovado este ano, exige um “reengenharia financeira” e a alteração do próprio orçamento, mas que são situações que estão em cima da mesa, assim como a lista de transição nominativa, os vínculos precários, que podem ser resolvidas este ano.

Fabienne Oliveira afirmou ainda que num país democrático como Cabo Verde, deve-se cumprir com a liberdade sindical e que a autarquia tem tido essa política com os seus colaboradores, reunindo-se com os diferentes sindicatos.

A autarca entende, porém, que o Siacsa não tem mostrado abertura para dialogar com a câmara municipal, quando, disse, o que a edilidade quer junto dos sindicatos que defendem e promovem os interesses e direitos dos colaboradores é um relacionamento pacífico.

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