O governo cabo-verdiano vai assinar com o Governo francês um protocolo para o regresso da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) ao arquipélago e outro para construção de uma nova escola francesa no país, anunciou hoje o ministro do Mar.
"Em representação do Governo, estaremos amanhã [sábado], a assinar dois importantes protocolos com França: o primeiro é o retorno e instalação da Agência Francesa de Desenvolvimento em Cabo Verde" e o segundo consiste na "construção da nova escola francesa `Les Alizés´ na cidade da Praia", afirmou o ministro do Mar, Jorge Santos, em conferência de imprensa sobre a visita a França, onde vai participar na Cimeira dos Oceanos, promovida pelas Nações Unidas.
Os acordos serão assinados com o ministro francês dos Negócios Estrangeiros.
Segundo o governante, cerca de 20 anos depois, a AFD regressa a Cabo Verde como parceira no financiamento de grandes projetos, com destaque para a economia azul.
"Já temos o porto de cruzeiros do Mindelo, em São Vicente, e há planos para desenvolver outros projetos ligados aos complexos de pesca, que poderão vir a ser financiados pela AFD. Trata-se de uma grande parceria que reforça a posição geoestratégica de Cabo Verde", referiu o ministro.
Cabo Verde, frisou o governante, passa a integrar as prioridades de França, o que valoriza a sua presença no espaço da francofonia.
Em março, o ministro recebeu uma delegação de alto nível da AFD, confirmando a retoma da cooperação.
A comitiva integrou a embaixadora de França em Cabo Verde, Catherine Mancip, e o chefe da cooperação da União Europeia no país, Cristobal Delgado Matas.
Sobre a nova escola francesa, Jorge Santos explicou que se trata de um "investimento importante" no âmbito do acordo cultural e linguístico com a francofonia, liderada por França.
A assinatura dos protocolos insere-se na deslocação do ministro a França para participar, entre 09 e 13 de junho, na terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, integrando uma delegação liderada pelo Presidente da República.
Cabo Verde estará na conferencia com os compromissos, segundo o Governo, de reforço da economia azul e resiliência dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS).
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