Inquérito realizado entre os dias 3 e 6 de Novembro revela que os cabo-verdianos são de opinião que os partidos representados na Assembleia Nacional detêm um “desempenho fraco”. Numa escala de 1 a 10, Ulisses Correia e Silva obteve 7.6, acima da média.
Os resultados de um inquérito sobre avaliação do desempenho dos políticos revelam que o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, merece uma avaliação positiva dos cabo-verdianos com uma pontuação de 7.6 numa escala valorativa de 1 a 10.
Segundo o inquérito, realizado pela Afrosondagem entre 3 e 6 deste mês, com um intervalo de confiança de 95 por cento (%), os líderes dos principais partidos da oposição, Janira Hopffer Almada (PAICV) e António Monteiro (UCID), têm uma pontuação de 5.1 e 4.9, respectivamente, na avaliação de desempenho.
De acordo com a mesma fonte, o melhor desempenho de Ulisses Correia e Silva foi alcançado nas ilhas de São Vicente e do Maio com uma média de pontuação de 10, seguida por Santo Antão com 9.5 e São Nicolau com 7.8.
Nas demais ilhas do arquipélago, registam-se valores abaixo da média, sendo que os resultados mais fracos do primeiro-ministro foram assinalados na Praia e nos concelhos do interior de Santiago com 5.6 pontos.
Na ilha do Fogo, os inquiridos atribuem uma pontuação de 6.1 ao desempenho de Ulisses Correia e Silva, enquanto na Boa Vista é-lhe atribuído a nota de 6.7 e na Brava 6.6 pontos numa escala de 1 a 10.
Nesta mostragem, a presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, é mais bem avaliada na Brava e Boa Vista com 5.5 e em Santo Antão com 5.4 e alcança resultados menos satisfatórios no Fogo.
António Monteiro é mais bem cotado em São Vicente, seu círculo eleitoral, com 5.7 pontos, seguido da Brava (5.4) e Maio (5.3), e consegue a pior pontuação no Fogo (4.0), seguido de Santo Antão (4.5).
O relatório da Afrosondagem salienta, por outro lado, que a Assembleia Nacional não escapa à “onda de pessimismo” demonstrada pelos cabo-verdianos em relação aos políticos neste momento, com uma média da avaliação “relativamente baixa”, ou seja, nota 5.1.
Jorge Santos, o seu presidente, consegue um valor relativamente acima da média 5.5, seguido pelos deputados do MpD (5.1), que superam, ainda que ligeiramente, o desempenho dos parlamentares do PAICV (4.9) e da UCID (4.8). Globalmente o desempenho da Assembleia Nacional merece uma pontuação de 5.3.
Quanto à avaliação do desempenho dos partidos políticos, de acordo com o documento, os cabo-verdianos são de opinião que os partidos representados na Assembleia Nacional detêm um “desempenho fraco”. De acordo com os dados apurados, ao MpD é atribuído a nota 5.1, seguido pelo PAICV (4.9) e UCID (4.7).
A avaliação do desempenho dos eleitos locais do seu município, de acordo com os resultados do inquérito, segue a mesma tendência verificada entre os demais políticos ao nível nacional, ou seja, tendem a ser avaliados globalmente no limite entre o negativo e o razoável.
Assim, no conjunto dos eleitos locais, os presidentes das câmaras municipais são aqueles que conseguem a melhor pontuação em média 5.6, seguidos pelos presidentes das assembleias municipais e dos vereadores com 5.1 ex-áqueo e, por fim pelos deputados municipais (5.0).
A câmara municipal melhor avaliada é a da Praia com nota 6.0, seguida pelas três câmaras de Santo Antão com 5.8 pontos e pela do Maio com 5.7. As três câmaras municipais do Fogo alcançaram um registo menos satisfatório com 4.3 pontos em média.
O presidente de câmara mais bem avaliado é o do Maio com 6.5 pontos, seguido pelo da Praia e pelos de Santo Antão com 6.3, contra 4.4 para os presidentes das câmaras municipais do Fogo.
De acordo com o inquérito, o presidente da assembleia municipal com melhor desempenho é o da Praia (5.9) e aqueles com pior registo são os dos três municípios do Fogo. Os vereadores e os deputados municipais da Praia tendem a ser melhor avaliados com 5.9 e 5.7 pontos, respectivamente, contra 4.2 pontos alcançados pelos vereadores e pelos deputados municipais do Fogo.
Para esta mostra, elaborada pela Afrosondagem, foram realizados 3.543 inquéritos de uma forma aleatória junto dos agregados familiares em todas as ilhas. O intervalo de confiança foi de 95% para um erro de amostragem de aproximadamente 5%.
Com Inforpress
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