EUA confirmam primeira morte por Coronavírus

Outros Mundos

O presidente Donald Trump confirmou este sábado que uma mulher, com quase 60 anos, moradora do estado de Washington, foi a primeira morte de paciente por coronavírus nos Estados Unidos. O óbito ocorreu na noite de ontem, 28.

A força-tarefa criada pelo governo americano, comandada pelo vice-presidente Mike Pence, aumentou o nível de alerta para o índice 4, o máximo, adotando novas medidas restritrivas a entradas de visitantes no país. Estão banidas a chegada de pessoas do Irã, onde já foram registradas cerca de 590 casos, além de 43 óbitos.

A Casa Branca também recomendará que a população americana não viaje para regiões específicas da Coreia do Sul — que conta com aproximadamente 3.100 ocorrências do patógeno, atrás apenas da China — e certas regiões da Itália, o país com maior número de episódios na Europa, cerca de 1.120.

Os EUA, segundo Trump, já têm disponíveis 43 milhões de máscaras. Trump receberá na próxima segunda-feira, na Casa Branca, representantes de laboratórios que estudam o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus. Atualmente não se conhece uma cura contra o patógeno.

"Tomamos medidas agressivas contra o coronavírus, as mais agressivas do que qualquer país", afirmou o presidente, reconhecendo que o governo está lidando com uma "situação adversa".

Trump minimizou diversas vezes a epidemia de coronavírus, afirmando que o patógeno desaparecia com o aumento da temperatura, uma afirmação que não foi corroborada pelos cientistas.

O presidente americano afirmou que o coronavírus é uma "fraude". No entanto, neste sábado, afirmou que aplicou o termo ao modo como os candidatos democratas abordam a doença, e não sobre o patógeno.

Na última quinta-feira, em uma entrevista coletiva, Trump afirmou que os EUA que o risco de disseminação do coronavírus permanecia "muito baixo", exibindo uma pesquisa que consideraria os EUA como um dos países mais preparados do mundo para lidar com a doença.

Trump afirmou que o vice-presidente Mike Pence sera o responsável pela resposta do país ao surto de coronavírus.

Até este momento, o coronavírus já superou os 85 mil infectados em todo o mundo, dos quais 36 mil já estarão totalmente recuperados. Mas o número de mortes já passou as 2.900. Segundo o jornal O Observador, com base nos dados reunidos pela Johns Hopkins CSSE, o país onde existem mais mortes, de longe, é a China – 2.835 vítimas na soma entre as várias províncias chinesas. Fora da China, há 34 mortos no Irão, 17 na Coreia do Sul, 21 em Itália, 9 mortos no Japão (seis no cruzeiro Diamond Princess), 2 em França, 2 em Hong Kong, uma nas Filipinas e uma em Taiwan.

Santiago Magazine/O Globo/O Observador