Outros Mundos

Quatro juízes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federa (STF) consideraram que Jair Messias Bolsonaro foi responsável máximo (o líder e principal beneficiário) por instigar apoiantes a não aceitarem o resultado das eleições de 2022, que deram a vitória a Luís Inácio Lula da Silva. Apenas um integrante da turma votou pela absolvição do ex-presidente da República.

Uma decisão inédita na história do sistema judiciário brasileiro que acontece dois anos e oito meses após manifestantes invadiram as sedes dos três poderes (Presidência da República, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional).

Para além de instigar apoiantes a não reconhecerem o resultado das urnas – ainda segundo o STF -, Jair Bolsonaro é considerado culpado de liderar um plano para assassinar o presidente Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o então presidente do Supremo Tribunal Eleitoral Alexandre de Moraes.

Pela condenação votaram Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Contra a condenação, apenas o voto de Luiz Fux, que, isolado, apresentou divergências e defendeu a nulidade do processo.

Do grupo de oito condenados, fazem parte três generais e um brigadeiro, um caso também inédito na história do judiciário brasileiro.